sábado, 15 de janeiro de 2011

Raça, Sexualidade e Juventude.

Tempos atrás comentei aqui que havia participado de uma pesquisa internacional coordenada por Laura Moutinho (professora de antropologia na USP) que cruzava questões relativas a raça, gênero, sexualidade, lazer e juventude em seis cidades de três países (África do Sul, Brasil e EUA). Parte dos resultados da pesquisa pode ser verificado no último número da revista acadêmica Cadernos Pagu  (número 35, dezembro de 2010) que traz um dossiê intitulado "Raça e Sexualidade em Diferentes Contextos Nacionais." Nele é possível ler textos focados nas investigações realizadas em São Paulo, Rio de Janeiro e Cidade do Cabo. As outras cidades cobertas pela pesquisa foram Joanesburgo, Chicago e São Francisco e outros textos com mais resultados serão publicados futuramente.

Júlio Simões (professor de antropologia na USP), Isadora Lins França (doutora em ciências sociais pela Unicamp) e eu dividimos a autoria de um artigo intitulado "Jeitos de Corpo: Raça, Gênero, Sexualidade e Sociabilidade Juvenil no Centro de São Paulo."  O número da revista pode ser acessado clicando AQUI

Muita Paz!

Comentários (2)

Carregando... Logando...
  • Logado como
Estive analisando os Cadernos Pagu dos últimos anos e vi o quão pouco escrevem sobre feminismo negro. Sim, não temos essa "tradição" no Brasil. Mas é incrível como um caderno que pretende falar sobre feminismo não aborde essas questões mais diretamente. Sim, concordo com a "tradição" americana, que acredita que o que as mulheres negras tem/fazem começou muito antes da onda feminista do século vinte. Isso me faz pensar que precisamos ter o nosso próprio caderno (Mahin poderia ser o nome), para dizer as nossas coisas, do nosso jeito. Eu acredito.
Então, esse texto vem romper com essa escrita feminina sobre as brancas dos Cadernos Pagu. Jurema Brites, num artigo sobre empregadas domésticas em 2007 no Pagu escreveu que não podia dar conta de falar sobre a questão de raça e deixa a desejar no artigo... essas coisas. teve um cara que escreveu sobre a atuação das mulheres na Frente Negra, ele é da UFS, Petronio Domingues, bom artigo. Depois teve Fúlvia Rosemberg falando sobre acesso ao ensino superior utilizando dados de raça. E agora vocês.
Vida longa a artigos como esse!
Oi Mighian,

Obrigado pela leitura do post e comentário super bem elaborado. É necessário que as pessoas também se organizem em torno de produzirem textos que se enquadrem nessa perspectiva do feminismo negro. Tenho visto pouca coisa ainda bem elaborada.

Beijos,

Márcio/Kibe.

Postar um novo comentário

Comments by