sábado, 15 de agosto de 2009

Ponto Urbe Explica...

anthropology.gif ! image by nayita79
Pare e responda rápido: você sabe o que um antropólogo faz? Bem, se pensou em Indiana Jones, já errou uma vez que ele é arqueólogo. Não se preocupe, antropólogos também tem dificuldade de explicar as pessoas leigas do que se trata seu métier. Quando a pergunta aparece sempre vem uma resposta do tipo "estudamos o homem através da cultura". Legal, mas não pergunte a ele o que é cultura ou qual a sua concepção de cultura a menos que esteja comfortavelmente sentado numa poltrona ou sofá.

Roberto da Matta, antropólogo brasileiro de fama internacional, talvez tenha sido o que melhor resumiu o que essas figuras que falam que "ficaram algumas semanas fazendo trabalho de campo" fazem num texto intitulado "O Ofício do Etnólogo, ou Como Ter Anthropological Blues" (1978). Afirma ele que o antropólogo é que aquele busca transformar aquilo que é visto por nós de forma exótica em algo familiar e, de modo contrário, o que é familiar em exótico. Para ser ter uma noção de como o trabalho de antropólogos se dá de fato no contexto urbano, vale a pena ler os textos da revista Ponto Urbe.

http://www.samizdata.net/~pdeh/attack.gif

A quarta edição do periódico eletrônico do Núcleo de Antropologia Urbana (NAU/USP) – dá continuidade ao espaço de intercâmbio que a revista propicia à pesquisas antropológicas realizadas no Brasil e em outros países, bem como em outras áreas do conhecimento. Nesta edição, foram publicados os artigos Segregação espacial e produção de territórios negros por blocos afro em Ilhéus, Bahia de Ana Claudia Cruz da Silva (UFSE), Quando os sentidos são bons para pensar – reflexões sobre os muçulmanos e a sua entrega a Allah de Francirosy Ferreira (Unicamp), O processo de fixação do migrante brasileiro em Londres: a importância das práticas cotidianas na elaboração de sua identidade, de Gustavo Tentoni Dias (Brazilian Community in the United Kingdon Reseearch Group), Um espetáculo do “progresso” muito particular: o Álbum Comparativo da Cidade de São Paulo (1862-1887), de Militão Augusto de Azevedo de Iris Moraes de Araujo (Unicamp), Entre “cá” e “lá”: estudo comparado – espaços públicos centrais em São Paulo e no Porto de João Teixeira Lopes (Universidade do Porto), Reflexões sobre a sociabilidade virtual dos jovens das classes populares de Lucia Mury Scalco (UFRGS) e O Samba pede carona: samba, ritmo e música nos trens urbanos de Nilton Rodrigues Junior (UFRJ). Além das seções Resenhas e “Graduação em Campo” (com artigos de pesquisas apresentadas no evento de mesmo nome realizado pelo Núcleo em 2008), a produção do NAU conta com a Etnotícia "Paisagens Ameríndias urbanas de Manaus, no Amazonas", redigida pelos pesquisadores do Núcleo associados ao PROCAD e a tradução do artigo "A linguagem gestual" ("The gesture-language") de Edward Burnett Tylor. Na seção “Cir-kula”, artigos de Gilberto Geribola Moreno (FE-USP) e Vanir de Lima Belo (Geografia-USP). A entrevista desta edição foi com a antropóloga Eunice Durham, feita pela pesquisadora Lilian de Lucca Torres.

A Ponto Urbe pode ser acessada na íntegra aqui

Muita Paz!

2 comentários:

Mojana disse...

Adorei os canibais, carne humana delivery, hahahaha.

Márcio Macedo disse...

Hi Mojana,

Achei essa imagem da internet, tava procurando outra, mas essa aí ficou bacana.

Beijos,

Márcio/Kibe.