quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Merda e Ouro

Merda é veneno
No entanto, não há nada
que seja mais bonito
que uma bela cagada.
Cagam ricos, cagam padres,
cagam reis e cagam fadas.
Não há merda que se compare
à bosta da pessoa amada.

http://unisinos.br/blog/ihu/files/2009/06/paulo-leminski-lotus.jpg

"Merda e Ouro", Paulo Leminski (1944-1989), em Distraídos Venceremos (1987), página 30.

11 comentários:

Ari disse...

cara, tô fora. cropofilia num é a minha.....

Mojana disse...

Quem diria, Kibe virou de poesia hippie,rsrsrsrsrs

Márcio Macedo disse...

O Ari está fora da merda Mojana, mas a merda do Leminski é boa, mesmo sendo hippie! ...hahahaha...

:: Soul Sista :: disse...

"Não há merda que se compare á bosta da pessoa amada"? Acabei ficando na dúvida: é a bosta proveniente da pessoa amada ou a pessoa amada é uma bosta? Segundo a ambigüidade poética, ambas as merdas são possíveis. Mas que péssimo, ein!!!!! rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrs

Márcio Macedo disse...

Prezada Fabiana,

Obrigado pelo comentário!

Abraço,

Márcio/Kibe.

Juquinha disse...

Realmente, muito poético o ditame do Leminski e uma ótima oportunidade de encaixá-la no blog. É de uma profundidade ímpar, que atinge o âmago do ser. Basta refletir e concluir que todos são um bosta.É por isso que não afunda e, volta à carga. Sacou a mensagem, meo?

Asdrúbal Peixoto disse...

Realmente, fiquei, quiçá, deslumbrado com o poema do Leminski. A pesoa amada é o ser perfeito, sem defeito. Seu cocô é como um chocolate. Seu xixi,caldo de cana. Seus traques, flatos aromatizando o ambiente e eu apaixonado como estou, fico contente. Qualquer que seja sua ação, aumenta minha paixão. Para refletir.

Márcio Macedo disse...

Prezad@s,

Agradeço aos comentários ao post e ao poema do Leminski! Entretanto, acho cada vez mais que a interpretação de uma poesia é algo extremamente pessoal. Quanto a mim, tenho uma perspectiva sobre esses versos do poeta bastante diferente de todas aquelas explicitadas nos comentários acima, não querendo com isso afirmar que as mesmas não sejam possíveis ou válidas.

Obrigado pelo leitura do blog!

Márcio/Kibe.

Raquel disse...

Oi Kibe, adoro Leminiski, li o livro que mencionou. Li outro demais que se chama "Agora é que elas". Lá ela conta " que conheceu a Norma, filha do seu psicanalista, e como todos sabem de normas o inferno está cheio".
Num outro momento precioso diz "Familia é probelma grande...então saimos de férias, eu, a dona encrenca e os pequenos probleminhas."
Leminiski era algo conretista, acho!!

janaína disse...

meu, e pensar q na adolescência eu e minhas amigas ficávamos tentando encontrar o polaco e o dalton pela cidade (o q era acender uma vela pra deus outra pro diabo!!!). vou tentar encontrar uma foto de família linda que saiu num jornalzinho em curitiba, onde estão paulo, seu pai, seu irmão e a negona da áurea sua mãe (q não era áurea à toa). o "polaco mulato", como ele mesmo se chamava, faz falta naquela cidade fria!!

Moonlight Paranóia disse...

"Não há merda que se compare
à bosta da pessoa amada."

Merda é veneno

"Não há merda que se compare
ao veneno da pessoa amada."