Preguiça de escrever. Resultado: a assaltada de hoje é Fabiana Lima via um texto do seu abandonado e gostoso blog SoulSista. Há dois anos atrás a negona fiz um post maravilhoso sobre poesia erótica que tomei a liberdade de reproduzir logo abaixo. Visite o blog de Fabiana clicando AQUI Divirta-se com o post lendo, recitando e praticando... Hummm!
Terça-Feira, 21 de julho de 2009
Somos Só Corpo e Mais Nada
Não, não, de jeito algum sou hedonista, mas digo logo, só acredito em alma colada a corpo. A percepção que nos é dada como humanos coloca o corpo, esse ente amedrontador, como o centro de tudo. Se sentimos medo, dor, prazer, desejo, tudo isso é o corpo que vai indicar, sinalizar, esconder ou mostrar. É isso! Eros passa por tudo! Nesse sentido sou bem erótica mesmo!
Divagando em minhas reflexões fantasiosas, nada sociológicas, fico pensando se o afastamento absurdo que diversas culturas promovem do próprio corpo não significa, no fim de tudo, um medo absurdo de nossa finitude. É, gente, faz um certo sentido, porque, de fato, o prazer sexual é muito forte, inexplicável e passageiro, transitório como a própria vida.
Como podemos dar conta de tamanha contradição? Sei não, como se trata de um pensamento baseado na imaginação, dou-me o direito de não achar respostas. Mas também me dou o direito ao espanto, quando me deparo com discursos que separam tudo: corpo de alma, céu de inferno, poesia de sexo. Aí não dá! Se literatura se funda na vida e nas relações sociais, para mim, nada mais "natural" do que o corpo erotizado, em excitação, compor linhas de inúmeros poetas e poetisas.
Há mais ou menos dois meses apresentava um trabalho acadêmico ao lado de uma renomada pesquisadora de literaturas africanas e literatura afro-brasileira. Fechei minha fala lendo este poema:
Na hora do debate, não lembro bem por que, mas a pesquisadora falou mais ou menos assim: "Ia ler também esse poema da Marise, mas achei erótico demais, achei que poderia chocar vocês." O meu espanto foi que esse poema nunca me chocou e mais de uma vez já o levei para discutir com os meus alunos, tanto pela riqueza rítmica dele quanto pela perspectiva feminina. Mulher no comando da prática sexual, no mínimo, trai imagens correntes de mulheres passivas, receptáculos de tudo no mundo, inclusive do prazer sexual. Além do mais, meus amig@s desafrocentrad@s que me desculpem, mas a sutileza da palavra "jazz" coroando esse ato de prazer, não só faz referência expclícita ao gozo, já que uma das etimologias possíveis da palavra é essa, mas também afro-poetiza essas linhas, relacionando-as a um gênero musical afro-americano.
Foi naquele momento de indignação que comecei a pensar em trazer pra cá alguns textos que me deixam, diríamos, molhada. Também comecei a constatar como a intimidade sexual é normalmente vista como algum tipo de perversão ou algo espúrio, pura sacanagem, que deve ser mantida debaixo das camas, bem lá no fundo mesmo. Pedi a 3 amigos que escrevem poesias, para que disponibilizassem as suas mais quentinhas. Todos três deram desculpas evasivas e literalmente fugiram. Ficando impedida de publicar inéditos aqui neste blog, vamos a poesias já conhecidas mesmo.
A poesia que fala do corpo erotizado desce ao nível do leitor comum, por isso é interessante ver um poeta tradicionalmente visto como o mestre dos parnasianos, aquele que escrevia "longe do estéril turbilhão da rua", escrevendo o delírio de um homem ao dar prazer sexual a uma mulher.
Delírio
Nua, mas para o amor não cabe o pejo
Na minha a sua boca eu comprimia.
E em frêmitos carnais, ela dizia:
Mais abaixo, meu bem, quero o teu beijo!
Na inconsciência bruta do meu desejo
Fremente, a minha boca obedecia,
E os seus seios, tão rígidos mordia,
Fazendo-a arrepiar em doce arpejo.
Em suspiros de gozos infinitos,
Disse-me ela, ainda quase em grito:
Mais abaixo, meu bem! Num frenesi
No seu ventre pousei a minha boca
Mais abaixo, meu bem! Disse ela, louca,
Moralistas, perdoai! Obedeci...
Olavo Bilac
Ou mesmo o, a meu ver, infantilizado Manuel Bandeira, que morre velho, mas carrega, em sua biografia, o peso da tuberculose que o condenou à morte ainda moço. Aos olhos de quem se resume a conhecer o poeta pelos bancos escolares, tratava-se de um homem triste que pouco aproveitou a vida, voltado que era para as suas memórias da infância numa Recife perdida. A poesia A Cópula, no entanto, mostra um Bandeira maravilhosamente devasso, pervertidamente humano.
Depois de lhe beijar meticulosamente
o cu, que é uma pimenta, a boceta, que é um doce,
o moço exibe à moça a bagagem que trouxe:
culhões e membro, um membro enorme e tujescente.
Ela toma-o na boca e morde-o. Incontinente.
Não pode ele conter-se, e, de um jato esporrou-se.
Não desarmou porém. Antes, mais rijo, alteou-se
E fodeu-a. Ela geme, ela peida, ela sente
Que vai morrer: - "Eu morro! Ai, não queres que eu morra!?
Grita para o rapaz que aceso como o diabo,
arde em cio e tesão na amorosa gangorra
E tintilando-a nos mamilos e no rabo
(que depois irá ter sua ração de porra)
lhe enfia cona a dentro o mangalho até o cabo.
Essa história de armado e desarmado é ótima! Até na hora do sexo, para o homem, impera a batalha, a luta, a guerra. Nossa! E pelo que vemos, nossos poetas sérios e conseqüentes gostam mesmo, em suas simulações sexuais, é de mulheres nada recatadas. Não quero separar nada aqui, por isso não caio na cilada de dizer que as mulheres que gritam de prazer nas duas últimas poesias são somente para foder, na cabeça dos homens. Recuso-me a me limitar às representações mais comuns e acho sim que homens, tal qual as mulheres, ora unem o prazer sexual ao sentimento amoroso e ora separam ambos os espaços. Cuti une liricamente sexo à intimidade amorosa no maravilhoso Luz na Uretra:
O coração na cabeça do pênis
sístole e diástole sou-te
na vagina
e
num vôo riacho
espalho-me
via láctea
no teu infiníntimo.
E também De Paula imagina um deliciosíssimo ICE-CREAM, alimento do corpo e da alma, que, além de saborosamente prazeroso, aquece e funde dois amantes apaixonados:
Teus lábios... framboesa.
Meu sorvete... chocolate.
Você chupa...
A gente se aquece, se funde...
O gelo derrete....
Você amolece,
Eu me enrijeço.
Teus lábios... morango.
Minha cobertura... caramelo.
Arfando... gemendo,
Meu creme transborda,
Em jorros de emoção,
Prazer ... e alimento.
Mulheres, falando poeticamente de experiência sexuais, dão voz a séculos de silenciamento. A solidão de um sábado à noite se transforma, na poesia Nós Voláteis de Lia Vieira, em uma erótica experiência a sós.
Billie Holliday e aquela solidão arretada,
numa noite de sábado.
O feriadão levara as pessoas.
Para disfarçar o tempo, queimou um comercial
e ligou a tevê sem o som.
Para ocupar suas idéias,
um variação de literatura esotérica.
Nesta digressão filosófica, o teto começou a vibrar.
Atentou para o ruído e
percebeu que a libido no apartamento de cima começara.
Estavam literalmente fodendo na sua cabeça.
Aqueles rangidos e gemidos ritmados
lhe despertavam desejos adormecidos até então.
Seu corpo retesou-se e arqueou-se em ondas, enquanto a
dupla alienígena
contemplava a encenação.
Lá fora, a vida fervilhava, e ela
solitariamente pegava uma carona
nesse trem de fantasias.
A partir de perspectiva onírica, a portuguesa Maria Tereza Horta encena a descoberta do ato sexual entre esses seres imaginários que talvez representem a inocência diabólica do corpo e de todos os prazeres eróticos:
Os anjos
Os anjos descobrem
a vulva
no mesmo instante
em que sabem
do pênis:
com
as pernas ligeiramente
abertas
e desviando as asas
São raríssimas as
asas
que não partem dos seios
a florir nos
ombros
Como um manso púbis
com os seus veios
de sombra
E o anjo
debaixo
ficou a acariciar o pênis
do anjo que voava
por cima
de manso
procurando
o fundo da vagina
De maneira mais explícita, também cantamos o membro que nos absorve, enruga e arrepia, tal qual Regina Amaral, em Tesão:
Teu falo é um facho
Fascinante.
Eu me encrespo
Sempre...
Teu facho é um fato
irreversível!
Se inicei com um texto bíblico em que o vinho torna mais alto o ambiente de Sulamita e Salomão, termino com o que o efeito Baco desperta em meu corpo. Já me perguntaram inclusive se não sou eu a Tarada Num Carro. Quem sabe? O poema foi feito por Ana C. Pozza, que inclusive tem uma produção para lá de quente, mas, como leitora que é leitora se apossa do alheio pra ela, pode ser que seja eu mesma.
Eu não minto
Eu invento
E se tomo vinho tinto
Logo me esquento!
Quando sinto,
Eu tento.
Percorro o labirinto,
Busco o vento.
Arranco o teu cinto,
Deixo-te sedento
Aí vejo o teu pinto
E sento!
Há ainda infinitas possibilidades de erotismo poético. Isso aqui na verdade é só um aperitivo. Não selecionei poesias que tratam, por exemplo, da prática homossexual por puro desconhecimento. Outras seleções certamente virão. Por ora, quem quiser ler mais, vale a visita ao site Poesia Erótica.
Terça-Feira, 21 de julho de 2009
Somos Só Corpo e Mais Nada
Ele me beijará com os beijos de sua boca.
Seu abraço me transportará mais alto que o vinho.
Suave é o aroma dos teus ungüentos,
como ungüento derramado é o teu nome,
por isso, as donzelas te amam
(Cântico dos Cânticos de Salomão, 1, 2-3)
Seu abraço me transportará mais alto que o vinho.
Suave é o aroma dos teus ungüentos,
como ungüento derramado é o teu nome,
por isso, as donzelas te amam
(Cântico dos Cânticos de Salomão, 1, 2-3)
Não, não, de jeito algum sou hedonista, mas digo logo, só acredito em alma colada a corpo. A percepção que nos é dada como humanos coloca o corpo, esse ente amedrontador, como o centro de tudo. Se sentimos medo, dor, prazer, desejo, tudo isso é o corpo que vai indicar, sinalizar, esconder ou mostrar. É isso! Eros passa por tudo! Nesse sentido sou bem erótica mesmo!
Divagando em minhas reflexões fantasiosas, nada sociológicas, fico pensando se o afastamento absurdo que diversas culturas promovem do próprio corpo não significa, no fim de tudo, um medo absurdo de nossa finitude. É, gente, faz um certo sentido, porque, de fato, o prazer sexual é muito forte, inexplicável e passageiro, transitório como a própria vida.
Como podemos dar conta de tamanha contradição? Sei não, como se trata de um pensamento baseado na imaginação, dou-me o direito de não achar respostas. Mas também me dou o direito ao espanto, quando me deparo com discursos que separam tudo: corpo de alma, céu de inferno, poesia de sexo. Aí não dá! Se literatura se funda na vida e nas relações sociais, para mim, nada mais "natural" do que o corpo erotizado, em excitação, compor linhas de inúmeros poetas e poetisas.
Há mais ou menos dois meses apresentava um trabalho acadêmico ao lado de uma renomada pesquisadora de literaturas africanas e literatura afro-brasileira. Fechei minha fala lendo este poema:
Na hora do debate, não lembro bem por que, mas a pesquisadora falou mais ou menos assim: "Ia ler também esse poema da Marise, mas achei erótico demais, achei que poderia chocar vocês." O meu espanto foi que esse poema nunca me chocou e mais de uma vez já o levei para discutir com os meus alunos, tanto pela riqueza rítmica dele quanto pela perspectiva feminina. Mulher no comando da prática sexual, no mínimo, trai imagens correntes de mulheres passivas, receptáculos de tudo no mundo, inclusive do prazer sexual. Além do mais, meus amig@s desafrocentrad@s que me desculpem, mas a sutileza da palavra "jazz" coroando esse ato de prazer, não só faz referência expclícita ao gozo, já que uma das etimologias possíveis da palavra é essa, mas também afro-poetiza essas linhas, relacionando-as a um gênero musical afro-americano.
Foi naquele momento de indignação que comecei a pensar em trazer pra cá alguns textos que me deixam, diríamos, molhada. Também comecei a constatar como a intimidade sexual é normalmente vista como algum tipo de perversão ou algo espúrio, pura sacanagem, que deve ser mantida debaixo das camas, bem lá no fundo mesmo. Pedi a 3 amigos que escrevem poesias, para que disponibilizassem as suas mais quentinhas. Todos três deram desculpas evasivas e literalmente fugiram. Ficando impedida de publicar inéditos aqui neste blog, vamos a poesias já conhecidas mesmo.
A poesia que fala do corpo erotizado desce ao nível do leitor comum, por isso é interessante ver um poeta tradicionalmente visto como o mestre dos parnasianos, aquele que escrevia "longe do estéril turbilhão da rua", escrevendo o delírio de um homem ao dar prazer sexual a uma mulher.
Delírio
Nua, mas para o amor não cabe o pejo
Na minha a sua boca eu comprimia.
E em frêmitos carnais, ela dizia:
Mais abaixo, meu bem, quero o teu beijo!
Na inconsciência bruta do meu desejo
Fremente, a minha boca obedecia,
E os seus seios, tão rígidos mordia,
Fazendo-a arrepiar em doce arpejo.
Em suspiros de gozos infinitos,
Disse-me ela, ainda quase em grito:
Mais abaixo, meu bem! Num frenesi
No seu ventre pousei a minha boca
Mais abaixo, meu bem! Disse ela, louca,
Moralistas, perdoai! Obedeci...
Olavo Bilac
Ou mesmo o, a meu ver, infantilizado Manuel Bandeira, que morre velho, mas carrega, em sua biografia, o peso da tuberculose que o condenou à morte ainda moço. Aos olhos de quem se resume a conhecer o poeta pelos bancos escolares, tratava-se de um homem triste que pouco aproveitou a vida, voltado que era para as suas memórias da infância numa Recife perdida. A poesia A Cópula, no entanto, mostra um Bandeira maravilhosamente devasso, pervertidamente humano.
Depois de lhe beijar meticulosamente
o cu, que é uma pimenta, a boceta, que é um doce,
o moço exibe à moça a bagagem que trouxe:
culhões e membro, um membro enorme e tujescente.
Ela toma-o na boca e morde-o. Incontinente.
Não pode ele conter-se, e, de um jato esporrou-se.
Não desarmou porém. Antes, mais rijo, alteou-se
E fodeu-a. Ela geme, ela peida, ela sente
Que vai morrer: - "Eu morro! Ai, não queres que eu morra!?
Grita para o rapaz que aceso como o diabo,
arde em cio e tesão na amorosa gangorra
E tintilando-a nos mamilos e no rabo
(que depois irá ter sua ração de porra)
lhe enfia cona a dentro o mangalho até o cabo.
Essa história de armado e desarmado é ótima! Até na hora do sexo, para o homem, impera a batalha, a luta, a guerra. Nossa! E pelo que vemos, nossos poetas sérios e conseqüentes gostam mesmo, em suas simulações sexuais, é de mulheres nada recatadas. Não quero separar nada aqui, por isso não caio na cilada de dizer que as mulheres que gritam de prazer nas duas últimas poesias são somente para foder, na cabeça dos homens. Recuso-me a me limitar às representações mais comuns e acho sim que homens, tal qual as mulheres, ora unem o prazer sexual ao sentimento amoroso e ora separam ambos os espaços. Cuti une liricamente sexo à intimidade amorosa no maravilhoso Luz na Uretra:
O coração na cabeça do pênis
sístole e diástole sou-te
na vagina
e
num vôo riacho
espalho-me
via láctea
no teu infiníntimo.
E também De Paula imagina um deliciosíssimo ICE-CREAM, alimento do corpo e da alma, que, além de saborosamente prazeroso, aquece e funde dois amantes apaixonados:
Teus lábios... framboesa.
Meu sorvete... chocolate.
Você chupa...
A gente se aquece, se funde...
O gelo derrete....
Você amolece,
Eu me enrijeço.
Teus lábios... morango.
Minha cobertura... caramelo.
Arfando... gemendo,
Meu creme transborda,
Em jorros de emoção,
Prazer ... e alimento.
Mulheres, falando poeticamente de experiência sexuais, dão voz a séculos de silenciamento. A solidão de um sábado à noite se transforma, na poesia Nós Voláteis de Lia Vieira, em uma erótica experiência a sós.
Billie Holliday e aquela solidão arretada,
numa noite de sábado.
O feriadão levara as pessoas.
Para disfarçar o tempo, queimou um comercial
e ligou a tevê sem o som.
Para ocupar suas idéias,
um variação de literatura esotérica.
Nesta digressão filosófica, o teto começou a vibrar.
Atentou para o ruído e
percebeu que a libido no apartamento de cima começara.
Estavam literalmente fodendo na sua cabeça.
Aqueles rangidos e gemidos ritmados
lhe despertavam desejos adormecidos até então.
Seu corpo retesou-se e arqueou-se em ondas, enquanto a
dupla alienígena
contemplava a encenação.
Lá fora, a vida fervilhava, e ela
solitariamente pegava uma carona
nesse trem de fantasias.
A partir de perspectiva onírica, a portuguesa Maria Tereza Horta encena a descoberta do ato sexual entre esses seres imaginários que talvez representem a inocência diabólica do corpo e de todos os prazeres eróticos:
Os anjos
Os anjos descobrem
a vulva
no mesmo instante
em que sabem
do pênis:
com
as pernas ligeiramente
abertas
e desviando as asas
São raríssimas as
asas
que não partem dos seios
a florir nos
ombros
Como um manso púbis
com os seus veios
de sombra
E o anjo
debaixo
ficou a acariciar o pênis
do anjo que voava
por cima
de manso
procurando
o fundo da vagina
De maneira mais explícita, também cantamos o membro que nos absorve, enruga e arrepia, tal qual Regina Amaral, em Tesão:
Teu falo é um facho
Fascinante.
Eu me encrespo
Sempre...
Teu facho é um fato
irreversível!
Se inicei com um texto bíblico em que o vinho torna mais alto o ambiente de Sulamita e Salomão, termino com o que o efeito Baco desperta em meu corpo. Já me perguntaram inclusive se não sou eu a Tarada Num Carro. Quem sabe? O poema foi feito por Ana C. Pozza, que inclusive tem uma produção para lá de quente, mas, como leitora que é leitora se apossa do alheio pra ela, pode ser que seja eu mesma.
Eu não minto
Eu invento
E se tomo vinho tinto
Logo me esquento!
Quando sinto,
Eu tento.
Percorro o labirinto,
Busco o vento.
Arranco o teu cinto,
Deixo-te sedento
Aí vejo o teu pinto
E sento!
Há ainda infinitas possibilidades de erotismo poético. Isso aqui na verdade é só um aperitivo. Não selecionei poesias que tratam, por exemplo, da prática homossexual por puro desconhecimento. Outras seleções certamente virão. Por ora, quem quiser ler mais, vale a visita ao site Poesia Erótica.