Não casei, não tive filhos ainda, nunca comprei uma bicicleta e nunca plantei uma árvore (uma vergonha para minha consciência ambiental), mas estou escrevendo um livro já que na falta de mulher e dinheiro eu precisava fazer alguma coisa de útil além de ficar lendo esses livros chatos de sociologia e tocando o dito cujo do doutorado. A palhaçada é uma coletânea de contos, mini-contos e micro-contos que leva o título provisório de Iz Nóizes! (interpretem como queiram, eu tenho a minha análise!). Alguns dos textos já foram publicados aqui no NewYorKibe: duas aventurinhas do casal Juca e Marli vistos em Companheira/Irmã de C... é R... e O Pipoca além de outros textos despretensiosos como Africanos, urgh!, Entre Limonadas e Corinho e A Stevie Wonder's Album.

Uma das pessoas que mais me estimulou a mandar ver no projeto foi Fabiana Lima, moça/amiga responsável pelo blog SoulSista de passagem pelos EUA no primeiro semestre desse ano. Outra figura que também está no barco é o artista plástico e rapper Oga Mendonça, já de antemão responsável pela ilustração do livro (veja o trampo dele AQUI). Obviamente que não há editora e nem previsão de lançamento (e pode ser que o mesmo nunca ocorra!) uma vez que tudo é feito em meio a outros projetos como o doutorado, um roteiro de filme e as pingas que eu tomo nos intervalos. Mesmo assim segue mais um continho que vai entrar na parada e pelo qual tenho um carinho especial. Leiam e mandem comentários (maldosos, de preferência!).
Lá vai...
VAI CHOVER?
Toda mulher preta, mestiça, morena, tico tico no fubá ou que nasceu depois das seis e meia da noite destituída da dádiva genética de um BOM cabelo liso, ou seja, lhe restando um pixaRuim, sabe que o crespo rebelde tem solução: ferro e/ou pente quente, chapinha, Henê Maru, Jennifer Black, Wellin, Alisabel, Soul Glow, Hairlife, Issy, Lisahair, Niely Gold, Skala, Stillus, Amacihair, Gold Black, Hair Dry, Megahair, Fernando Fernandes, prancha e escova progressiva nesse tremendo filho da puta!

A única coisa que realmente atrasa todo esse avanço quimio/tecnológico/racial é a merda da mãe natureza: CHUVA. Mas nessas horas entra em cena o velho e bom amigo (não da natureza!) saquinho plástico de supermercado ou feira carregado estrategicamente nas bolsas de mulheres de cor jambo...ticaba prevenidas. E o desfile de saquinhos é lindo: amarelos, vermelhos, azuis e, por incrível que pareça, até aqueles de lixo, pretinhos pretinhos que mantem os cabelos lisos, secos e estica...dinhos.
Muita Paz!

Uma das pessoas que mais me estimulou a mandar ver no projeto foi Fabiana Lima, moça/amiga responsável pelo blog SoulSista de passagem pelos EUA no primeiro semestre desse ano. Outra figura que também está no barco é o artista plástico e rapper Oga Mendonça, já de antemão responsável pela ilustração do livro (veja o trampo dele AQUI). Obviamente que não há editora e nem previsão de lançamento (e pode ser que o mesmo nunca ocorra!) uma vez que tudo é feito em meio a outros projetos como o doutorado, um roteiro de filme e as pingas que eu tomo nos intervalos. Mesmo assim segue mais um continho que vai entrar na parada e pelo qual tenho um carinho especial. Leiam e mandem comentários (maldosos, de preferência!).
Lá vai...
VAI CHOVER?
Toda mulher preta, mestiça, morena, tico tico no fubá ou que nasceu depois das seis e meia da noite destituída da dádiva genética de um BOM cabelo liso, ou seja, lhe restando um pixaRuim, sabe que o crespo rebelde tem solução: ferro e/ou pente quente, chapinha, Henê Maru, Jennifer Black, Wellin, Alisabel, Soul Glow, Hairlife, Issy, Lisahair, Niely Gold, Skala, Stillus, Amacihair, Gold Black, Hair Dry, Megahair, Fernando Fernandes, prancha e escova progressiva nesse tremendo filho da puta!

A única coisa que realmente atrasa todo esse avanço quimio/tecnológico/racial é a merda da mãe natureza: CHUVA. Mas nessas horas entra em cena o velho e bom amigo (não da natureza!) saquinho plástico de supermercado ou feira carregado estrategicamente nas bolsas de mulheres de cor jambo...ticaba prevenidas. E o desfile de saquinhos é lindo: amarelos, vermelhos, azuis e, por incrível que pareça, até aqueles de lixo, pretinhos pretinhos que mantem os cabelos lisos, secos e estica...dinhos.
Muita Paz!
Ana · 764 semanas atrás
Acho que se a sociedade é tendenciosa com mulheres de cabelo não alisado, não vale a pena se tornar uma pesquisa sociológica.
Afinal, pelo que eu entendi, o grande projeto é ter poder para fazer o que se quer, e no caminho "do ter poder" para quem não o tem, bater de frente com um Black ,a lá Tony Tornado, é como ser marxista adolescente. Só se percebe o tempo que se perdeu depois que cresce e não o tem mais..
:p
Kibe73 67p · 764 semanas atrás
Beijo do Kibe.
Twylla · 764 semanas atrás
Esse papo de "fazer o que quer" é que já está batido. Ainda não ouvi/li uma boa razão para se alisar o cabelo. Dizer que é mais bonito soa como "negação de raça", dizer que é mais fácil é mentira, pois não tenho dificuldade nenhuma com meu cabelo afro natural.
Se alisar o cabelo fosse bom, não teriamos que deixar de alisar durante a gestação. Se é nocivo para um feto, imagine para alguém que utiliza alisante durante toda uma vida. Depois reclamam de pele ruim, dores, queda de cabelo e blablabla.
Kibe73 67p · 764 semanas atrás
Beijos do Kibe.
Maria · 764 semanas atrás
Vamos respeitar as escolhas das pessoas e parar com esse policiamento filosófico. É chato e afasta que poderia ser amigo (no caso amiga) e fazer parte de um movimento de uma verdadeira inclusão do povo negro. Ficar enchendo o saco de quem alisa cabelo ou de quem tem pele clara é dar um tiro no pé! Não leva a lugar nenhum e afasta quem poderia fazer parte no movimento negro.
Kibe73 67p · 764 semanas atrás
Beijos do Kibe.
Lafa · 764 semanas atrás
Kibe73 67p · 764 semanas atrás
Abraço do Kibe.
Ana · 764 semanas atrás
Uma branca com dread não tem nenhuma raça a negar, né? Todo mundo ignora o discurso da diversidade e liberdade nesse fundamentalismo racial do movimento negro.
Enfim, chaveco que faz mal, fumar também faz, morar em cidade grande então, nem te conto, trabalhar com chefe filha da puta faz mal !!!
Enfim, em alguns momentos certos discursos são inúteis para o alegado processo de empoderamento. Meu inocente ponto de vista !!!
De quem já fez tudo, que nem a India Arie, e conluiu que "I am not my hair, I am not this skin. I am "a soul" that lives within" :P
Sou mais que meu cabelo e minha cor.. não me identifico e me apresento somente por isso !!! Sou mais, muito mais !!!!!!!!!!!!!!!
Kibe73 67p · 764 semanas atrás
Beijos do Kibe.
CACAU · 764 semanas atrás
ADORO QUANDO CHEGO NO SAMBA E VEM AQUELAS NEGA DE CABELO TODO ALISADO, O COITADO NEM BALANÇA TA TODO ESTICADO, SE SENTIR O CHEIRO DA ÁGUA ELE JA DESMANCHA TODO , AI ME PERGUNTA COMO VC FAZ PRA SEU CABELO SER ASSIM, NOSSA ISSO É O FIM PRA MIM. SOU CURTA E GROSSA, EU ASSUMO MEU CABELO DO JEITO QUE ELE É, SE VC DEIXAR O SEU NATURAL COM CERTEZA VAI FICAR LINDO.
ADOREI O SEU BLOG, TO T SEGUINDO BJOSSS http://garotablack.blogspot.com/
FlaviusJayZ · 764 semanas atrás
Fabiana Lima · 764 semanas atrás
Kibe73 67p · 762 semanas atrás
Obrigado pelo comentário sempre pontual!
Beijos,
MM/K.
Paula kristina · 764 semanas atrás
Kibe73 67p · 762 semanas atrás
Saudades de você nega! Lembro sempre da senhora (não mais senhorita!) toda vez que ouço Talib Kweli. Obrigado pelo comentário e beijo no Rakim e abraço no maridão James.
Beijios carinhosos,
MM/K.
junhendrix 15p · 763 semanas atrás
Por exemplo: há uns anos atrás rolava pelos sites de relacionamento umas fotos de um negro de cabelos alisados pintados de loiro, lentes azuis e estilo emo. Foi zuado por geral. Por geral. Fotos deles em todos os sites de humor. Agora me diz, qual a diferença entre esse negro emo e um branco com "dreadlocks", calça larga, camiseta com as cores da bandeira da Etiópia (Famosa "cores do reggae")? Nenhuma. Por que o negro foi zuado? Como diz MV Bill:
"O que é deles não é nosso.
O que é nosso é de todo mundo?"
A diferença entre um branco de "dreadlock" e um preto de cabelo alisado é que o branco de cabelos naturais não tem o cabelo "ruim", não é zuado na rua e não tem ninguém falando pra ele: "Dá um jeito nesse cabelo. Se eu fosse você, encresparia o cabelo, ficaria bem mais bonito".
O discurso é contra a pressão que obriga (Na forma de "escolha") as mulheres negras a alisarem o cabelo para ficarem mais aceitáveis socialmente, não contra a escolha de alisar ou não.
Kmila · 760 semanas atrás
Fab · 756 semanas atrás