Dando continuidade ao tópico iniciado há algumas semanas atrás, vamos falar mais um pouco de noites blacks. Se você quisesse, há até três anos atrás, encontrar os pretos e as mais pretas mais gatos e gatas de SP numa balada de sábado, a resposta era uma só: Blen Blen Black. Ir no Blen fazia parte de um ritual no qual não se podia repetir a mesma roupa, era bom estar abonado de grana para gastar no bar e impressionar as garotas (eis o motivo pelo qual o clube sempre lotava no início do mês) e se você fosse acompanhado(a) era bom que o par estivesse à altura do lugar. Durante vários anos a festa black da casa dominou a cena na Vila Madalena. Os DJs residentes eram Grandmaster Ney - a pista enchia quando o mesmo ia para os toca-discos - e S Jay - a pista esvaziava quando ele, para desespero de todos, tocava, urgh!
O valor do convite não era dos mais em conta, mas havia vários esquemas para se economizar ou até mesmo entrar na faixa. Exemplos disso eram as mulheres que não pagavam até 23:00 ou se você era amigo do amigo do amigo do Alemão - que segundo consta era o dono da casa - também perigava não pagar. Outros que “levavam um boi” eram os artistas do mundinho black: rappers, DJs e personalidades (o grande problema do meio black é que todo mundo é personalidade!). Outra coisa que não faltava era o famoso xaveco na porta do clube na esperança de se conseguir um desconto no convite ou uma entrada no Vasco (na faixa/free), mas para fazer a triagem e geralmente dizer um não aos pedidos estava lá sempre uma das figuras mais arrogantes da casa, a gerente - que mais parecia um general - cujo nome era Fátima. Quem não conseguia entrar por falta de dinheiro, fama, xaveco ou até mesmo por lotação ficava na frente do clube observando o movimento de saída que também era uma festa. Álias, conheço vagabundos que eram especialistas em xavecar as negas na saída da balada provando que não existe bola perdida! Tinha um grupo de amigos então cujo rolê era pegar um carango e fazer o "rolê das saídas": saída do Blen, saída da Mood, saída do Urbano, saída do Sambarylove, um dia eu até participei da palhaçada e me diverti pacas!
A estrutura do Blen era ao mesmo tempo simples e aconchegante e há duas fases para a mesma: antes e depois de uma grande reforma. Antes da reforma o clube era dividido entre dois espaços inter-ligados, a pista de dança e um bar/lounge com mesas, cadeiras, sofás aconchegantes e um telão que rolavam vídeos de música. Do bar era possível, como som ambiente, ouvir o que os DJs tocavam na pista. Ali era o espaço propício para um flerte, paquera, exibições, conversas, descanso e cochilos provocados pelo excesso de bebida. Uma coisa muito interessante do clube é que a fachada da casa era composta de enormes portas de vidro que propiciavam o vislumbre de parte do público que estava no bar. Ali público e privado, para delírio dos voyeurs, se misturavam.
A entrada, antes da reforma, se dava pela pista e tinha-se a opção de alcançar o bar cruzando a pista ou não. Minha sensação ao entrar no clube pela pista, sempre bêbado diga-se de passagem, era de me transportar para dentro de um clipe de rap, R&B ou algum filme blaxploitation. Era isso mesmo! A pista lotada, gente dançando sem parar e outros observando ao redor ou sentados numa espécie de “arquibancada” que contornava a pista e o palco (era uma casa de shows também). Parecia que todo mundo havia gasto todo o salário do mês comprando Nikes, Adidas, conjuntos esportivos, jaquetas, bonés, blazers, camisas transadas, camisetas oversize, vestidos, saltos, sapatos platafoma, calças jeans bag, indo ao salão de cabeleireiros e ousando fazer algo diferente e caro no cabelo.
Algum tempo depois uma reforma foi feita na casa e algumas coisas foram mudadas. A entrada passou a ser feita pelo bar/lounge que também fazia a passagem para a pista de dança. As arquibancadas foram retiradas e foi construído um palco que nas noites em que não havia show funcionava como mezanino que ficava mobiliado por sofás e puffs. Um pequeno salão um nível abaixo da pista principal também foi aberto. Enquanto os DJs na parte de cima mandavam ver nos toca discos sucessos de rap (gringo e nacional), R&B e ragga, na parte de baixo do clube um outro DJ mandava ver no samba-rock e casais trançavam os braços a noite toda.
Há várias estórias engraçadas que presenciei na casa. Por exemplo, tem uma que meu amigo Flávio Thales adora contar e diz respeito aos “pretos estilosos” que chegavam no clube metendo a maior banca: roupas de grife, pares de tênis da melhor marca e brilhando como novos e óculos escuros à noite. Parecia que os trutas haviam saído diretamente do Harlem ou do Brooklyn e pegado um vôo NYC-SP para ir a Vila Madalena curtir (aliás, o Blen Blen parecia o Harlem ou Brooklyn nas noites de sábado!). Pois bem, muitas vezes eu e Flávio trombávamos os ditos “pretos estilosos” no banheiro tomando água da torneira após uma mijadinha básica, provavelmente por não terem grana para comprar um refrigerante ou mesmo água que não saía por menos de R$ 3 a lata ou garrafa. Mó prejuízo era oferecer parte da sua cerveja a um “preto estiloso” conhecido seu: o cara ficava segurando a cerveja por horas como se a lata ou garrafa long neck fosse dele e quando finalmente te devolvia a mesma vinha com metade do conteúdo. Era por isso que quando eu tinha algum “preto estiloso” como companhia, ao comprar cerveja já separava a dele, dava menos prejuízo!
Outro tipo bem interessante que habitava o Blen Blen Black era o das “minas difíceis”: bonitas, bem vestidas, cheirosas e difíceis, obviamente! Levei vários foras de minas difíceis... *rs* Também havia os casais apaixonados que passavam a noite se beijando, os artistas, os bêbados – que sempre acabavam a noite dormindo e babando sozinhos em algum sofá – e o tiozões que não se tocavam que deviam estar sim num baile nostalgia e não no Blen! O tipo masculino que retirava suspiros das garotinhas eram os "basqueteiros": negros altos e fortes usando toda parafernália hip-hop (camiseta, tênis, moleton, boné etc) que, se preenchesem esses requisitos, nem precisavam jogar basquete.
Há estórias engraçadas também com o(a)s gringo(a)s que iam ao Blen Blen. Uma amiga americana um dia chegou toda horrorizada para mim dizendo que não entendia como as pessoas no Blen podiam cantar tão alegremente a letra de uma canção do finado rapper Big Pun (ainda vivo na época) intitulada My Dick (meu pinto). “Simples”, respondi, “eles não entendem inglês!” E o refrão da música era bem animado: “...Get off my dick (my dick) my dick (my dick) My dick my dick my dick...” Queira ou não essa era uma das músicas que mais fazia sucesso no clube, era tocar e todo mundo saía dançando! Ir ao Blen acompanhado de pretos norte-americanos então era como levar mel na casa de urso: todo mundo virava seu amigo! Em uma outra noite fui ao clube com duas norte-americanas negras e sabe lá de onde apareceu na minha frente um rapaz asiático todo ornamentado a la hip-hop falando inglês comigo e as garotas. O truta dizia que morava em NYC e fazia um esforço desgraçado para mostrar todos os seus anos de Cultura Inglesa mais uns meses de Big Apple cortados por fucks, yos, motherfuckers e I don’t give a shit! Tudo ia bem até o rapaz soltou um “...My nigazz told me...” e a gringas ficaram putas da vida com o trutinha que não tinha a mínima noção da carga pejorativa que o termo nigger carrega. Tive que literalmente segurar uma delas – que não era nada pequena – que queria partir pra cima do moleque!
Meus amigos e eu passamos a usar um termo para parte do público do Blen Blen – que desprezávamos e adorávamos ao mesmo tempo – que resumia o ambiente: “make believe”. O termo foi cunhado pelo sociólogo americano Franklin Frazier (1894 –1962) em seu livro clássico Black Bourgeoisie (1957). O “make believe” era uma estratégia usada pela classe alta de negros americanos para legitimar seu status e posição social. Uma vez comparada com a classe alta de brancos nos Estados Unidos, o poder econômico e político desses negros era muito pequeno, mas mesmo assim eles se esforçavam ao máximo em adotar os valores, modelos, convenções, indumentária e etiquetas dos brancos de classe média ou ricos no sentido de se diferenciar da massa de negros pobres com os quais dividiam o mesmo espaço no gueto. O “make believe” correspondia ao “fazer crer/acreditar” que eles compunham a elite, os bem sucedidos e superiores na hierarquia social exibindo traços de distinção social que iam desde roupas até ao uso de etiqueta social e trejeitos.
Eu e meus amigos – como bons intelectuais – tínhamos essa mania de afirmar nossas origens operárias/trabalhadoras: antes de entrar na universidade um tinha sido office-boy e vendedor de parafusos, o outro também office-boy e o terceiro feirante. Tentando evidenciar nossa consciência de classe freqüentávamos o Sambarylove às sextas-feiras que era justamente o oposto do Blen Blen. Falávamos mal do Blen Blen, afirmando como a galera que ia na Vila Madalena era vazia, alienada e fake. Mas como bons intelectuais que éramos – desprezando os valores de classe média mas fazendo parte dela – todo sábado do mês após recebermos o pagamento de nossas bolsas de pesquisa íamos para onde... Blen Blen Black!
Nossa estratégia era sempre a mesma: chegávamos por volta das 23 horas. Em vez de entrar, ficávamos "gelando" em bares dos arredores, já que a cerveja era muito mais barata, e aditivando seu efeito com o acréscimo de uns “quebra gelo”: conhaques, caipiras e o tradicional e bem paulista MMs ou Maria Mole (Martini com conhaque e gelo, urgh!). Geralmente entrávamos no clube por volta das 1 da manhã “daquele jeito”, não sem antes pegar uma fila básica na porta da casa uma vez que esse era o horário que a festa começava a pegar fogo. Muitas palhaçadas rolaram nessas baladas, a maior contarei no próximo e último post da série.
Paz e muito amor!
A estrutura do Blen era ao mesmo tempo simples e aconchegante e há duas fases para a mesma: antes e depois de uma grande reforma. Antes da reforma o clube era dividido entre dois espaços inter-ligados, a pista de dança e um bar/lounge com mesas, cadeiras, sofás aconchegantes e um telão que rolavam vídeos de música. Do bar era possível, como som ambiente, ouvir o que os DJs tocavam na pista. Ali era o espaço propício para um flerte, paquera, exibições, conversas, descanso e cochilos provocados pelo excesso de bebida. Uma coisa muito interessante do clube é que a fachada da casa era composta de enormes portas de vidro que propiciavam o vislumbre de parte do público que estava no bar. Ali público e privado, para delírio dos voyeurs, se misturavam.
A entrada, antes da reforma, se dava pela pista e tinha-se a opção de alcançar o bar cruzando a pista ou não. Minha sensação ao entrar no clube pela pista, sempre bêbado diga-se de passagem, era de me transportar para dentro de um clipe de rap, R&B ou algum filme blaxploitation. Era isso mesmo! A pista lotada, gente dançando sem parar e outros observando ao redor ou sentados numa espécie de “arquibancada” que contornava a pista e o palco (era uma casa de shows também). Parecia que todo mundo havia gasto todo o salário do mês comprando Nikes, Adidas, conjuntos esportivos, jaquetas, bonés, blazers, camisas transadas, camisetas oversize, vestidos, saltos, sapatos platafoma, calças jeans bag, indo ao salão de cabeleireiros e ousando fazer algo diferente e caro no cabelo.
Algum tempo depois uma reforma foi feita na casa e algumas coisas foram mudadas. A entrada passou a ser feita pelo bar/lounge que também fazia a passagem para a pista de dança. As arquibancadas foram retiradas e foi construído um palco que nas noites em que não havia show funcionava como mezanino que ficava mobiliado por sofás e puffs. Um pequeno salão um nível abaixo da pista principal também foi aberto. Enquanto os DJs na parte de cima mandavam ver nos toca discos sucessos de rap (gringo e nacional), R&B e ragga, na parte de baixo do clube um outro DJ mandava ver no samba-rock e casais trançavam os braços a noite toda.
Há várias estórias engraçadas que presenciei na casa. Por exemplo, tem uma que meu amigo Flávio Thales adora contar e diz respeito aos “pretos estilosos” que chegavam no clube metendo a maior banca: roupas de grife, pares de tênis da melhor marca e brilhando como novos e óculos escuros à noite. Parecia que os trutas haviam saído diretamente do Harlem ou do Brooklyn e pegado um vôo NYC-SP para ir a Vila Madalena curtir (aliás, o Blen Blen parecia o Harlem ou Brooklyn nas noites de sábado!). Pois bem, muitas vezes eu e Flávio trombávamos os ditos “pretos estilosos” no banheiro tomando água da torneira após uma mijadinha básica, provavelmente por não terem grana para comprar um refrigerante ou mesmo água que não saía por menos de R$ 3 a lata ou garrafa. Mó prejuízo era oferecer parte da sua cerveja a um “preto estiloso” conhecido seu: o cara ficava segurando a cerveja por horas como se a lata ou garrafa long neck fosse dele e quando finalmente te devolvia a mesma vinha com metade do conteúdo. Era por isso que quando eu tinha algum “preto estiloso” como companhia, ao comprar cerveja já separava a dele, dava menos prejuízo!
Outro tipo bem interessante que habitava o Blen Blen Black era o das “minas difíceis”: bonitas, bem vestidas, cheirosas e difíceis, obviamente! Levei vários foras de minas difíceis... *rs* Também havia os casais apaixonados que passavam a noite se beijando, os artistas, os bêbados – que sempre acabavam a noite dormindo e babando sozinhos em algum sofá – e o tiozões que não se tocavam que deviam estar sim num baile nostalgia e não no Blen! O tipo masculino que retirava suspiros das garotinhas eram os "basqueteiros": negros altos e fortes usando toda parafernália hip-hop (camiseta, tênis, moleton, boné etc) que, se preenchesem esses requisitos, nem precisavam jogar basquete.
Há estórias engraçadas também com o(a)s gringo(a)s que iam ao Blen Blen. Uma amiga americana um dia chegou toda horrorizada para mim dizendo que não entendia como as pessoas no Blen podiam cantar tão alegremente a letra de uma canção do finado rapper Big Pun (ainda vivo na época) intitulada My Dick (meu pinto). “Simples”, respondi, “eles não entendem inglês!” E o refrão da música era bem animado: “...Get off my dick (my dick) my dick (my dick) My dick my dick my dick...” Queira ou não essa era uma das músicas que mais fazia sucesso no clube, era tocar e todo mundo saía dançando! Ir ao Blen acompanhado de pretos norte-americanos então era como levar mel na casa de urso: todo mundo virava seu amigo! Em uma outra noite fui ao clube com duas norte-americanas negras e sabe lá de onde apareceu na minha frente um rapaz asiático todo ornamentado a la hip-hop falando inglês comigo e as garotas. O truta dizia que morava em NYC e fazia um esforço desgraçado para mostrar todos os seus anos de Cultura Inglesa mais uns meses de Big Apple cortados por fucks, yos, motherfuckers e I don’t give a shit! Tudo ia bem até o rapaz soltou um “...My nigazz told me...” e a gringas ficaram putas da vida com o trutinha que não tinha a mínima noção da carga pejorativa que o termo nigger carrega. Tive que literalmente segurar uma delas – que não era nada pequena – que queria partir pra cima do moleque!
Meus amigos e eu passamos a usar um termo para parte do público do Blen Blen – que desprezávamos e adorávamos ao mesmo tempo – que resumia o ambiente: “make believe”. O termo foi cunhado pelo sociólogo americano Franklin Frazier (1894 –1962) em seu livro clássico Black Bourgeoisie (1957). O “make believe” era uma estratégia usada pela classe alta de negros americanos para legitimar seu status e posição social. Uma vez comparada com a classe alta de brancos nos Estados Unidos, o poder econômico e político desses negros era muito pequeno, mas mesmo assim eles se esforçavam ao máximo em adotar os valores, modelos, convenções, indumentária e etiquetas dos brancos de classe média ou ricos no sentido de se diferenciar da massa de negros pobres com os quais dividiam o mesmo espaço no gueto. O “make believe” correspondia ao “fazer crer/acreditar” que eles compunham a elite, os bem sucedidos e superiores na hierarquia social exibindo traços de distinção social que iam desde roupas até ao uso de etiqueta social e trejeitos.
Eu e meus amigos – como bons intelectuais – tínhamos essa mania de afirmar nossas origens operárias/trabalhadoras: antes de entrar na universidade um tinha sido office-boy e vendedor de parafusos, o outro também office-boy e o terceiro feirante. Tentando evidenciar nossa consciência de classe freqüentávamos o Sambarylove às sextas-feiras que era justamente o oposto do Blen Blen. Falávamos mal do Blen Blen, afirmando como a galera que ia na Vila Madalena era vazia, alienada e fake. Mas como bons intelectuais que éramos – desprezando os valores de classe média mas fazendo parte dela – todo sábado do mês após recebermos o pagamento de nossas bolsas de pesquisa íamos para onde... Blen Blen Black!
Nossa estratégia era sempre a mesma: chegávamos por volta das 23 horas. Em vez de entrar, ficávamos "gelando" em bares dos arredores, já que a cerveja era muito mais barata, e aditivando seu efeito com o acréscimo de uns “quebra gelo”: conhaques, caipiras e o tradicional e bem paulista MMs ou Maria Mole (Martini com conhaque e gelo, urgh!). Geralmente entrávamos no clube por volta das 1 da manhã “daquele jeito”, não sem antes pegar uma fila básica na porta da casa uma vez que esse era o horário que a festa começava a pegar fogo. Muitas palhaçadas rolaram nessas baladas, a maior contarei no próximo e último post da série.
Paz e muito amor!
9 comentários:
Putz, lembrei do Jairzinho, o maluco que achava que o Jair Oliveira era a "jóia a rara" do Soul Brasileiro. No Blen Blen tinha uma galera, que para pagar de descolada, falava de boca cheia: "o que vira é Max de Castro, Simoninha e Luciana Mello, o resto é modinha"... puta que pariu!
Você poderia escrever um post sobre o significado e os usos da palavra "Nigger".
Abraço.
I can't believe Blen Blen is closed. Like your amiga americana I was definitely "horrorizada" from time to time, but it was funny. Fun times at Blen Blen, thanks for your articles. Keep them coming.
Tô com o amigo Flavio ae em cima....até pq tenho aprendido muito com os Post's que você manda, reparei isto em clips de Raps americano, é tipo assim, um negão só pode chamar outro de Negão se ele for negro entendeu, me corrija se estiver errado!!!Aqui tbm funciona assim eu acho, sou café-com-leite né, mas meu Pai é negro e tal, quando vejo meus tios e meus primos, se faço esta colocação...tipo "e ae negão como vc tá, eles meio q torcem o nariz, mas já presenciei meus primos se chamarem..."ei seu preto", numa boa!!nem rolou um stress!!!
Ok guys, vou preparar um post sobre os usos e desusos da "N word": nigger!
Não conheci o Blen Blen, nunca fui lá, mas me diverti muito construindo as imagens do que eram as noites blacks ali. Gargalhada mesmo dei com a passagem "o grande problema do meio black é que todo mundo é personalidade!". Nossa!!!! Isso é lei em qualquer meio black brasileiro, não só em sampa! rsrsrsrs Maravilha de texto! Agora, o mais importante: pára de roubar leitores meus? Valeu... rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrs
Make believe, hahahahaha. Eu também nunca estive no Blen Blen, só acompnhava a palhaçada pelos relatos do Kibe, mas já andei topando com uns tipinhos que pelamordedeus, rsrsrsrsrs.
Pra mim esse negócio de "nigger" é a mesma coisa que um cara chamar o outro de viado ou corno e uma menina chamar a outra de vadia. Os termos são pejorativos, mas perdem essa conotação quando são utilizados entre pessoas que têm intimidade. Mesmo sendo negra (ou, segundo o Kibe, 25%, representante do "bege-power", rsrsrs) eu jamais me dirigiria a uma pessoa que acabasse de conhecer nesses termos, é uma questão de simancol.
Aliás, japonês fantasiado de 50 cent não tem nem credibilidade, rsrsrsrsrs. Parece até aluno da USP pagando de palestino!
Hahhahahahahah.... Quem diria que este relato teria sido o Kibe quem escreveu .Adorei e realmente vocÊ conseguiu colocar em palavras bons e velhos anos de muita agitação . Até dizer que só tinha pessoas bonitas naquele lugar você disse rsrsrsrs.... Parabéns deu até saudades .
Adorei tudo isso...
Por incríve que pareça conheci vc (Kibe) na porta do Blen, chegamos muito tarde lá e a Fátima não deixou a gente entrar e era seu aniversário vc comemoraria la dentro, mas não conseguiu, imagine só como ficamos.. kkk muito bravos. Sai de la com uma amiga e fomos para o Dolores.
Que máximo poder relembrar, vc foi perfeito!!!
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