Nos anos 90 a banda de soul inglês Soul II Soul fez muito sucesso com a canção intitulada Back to life e eu nas últimas duas semanas tenho a ouvido bastante como se ela fosse uma trilha sonora de minha volta para os EUA. Back to life, back to reality of a new America with Obama!
Não, eu não estava em Washington, DC, no Inauguration Day! Cheguei na cidade no dia seguinte, 21/1, vindo direto de SP para passar alguns dias na casa de um amigo e peguei a ressaca da festa. Mesmo não estando lá, sei nos mínimos detalhes o que aconteceu já que quase todos os meus amigos por aqui aportaram pela capital federal nesse dia. A maioria negros que não queriam deixar de participar do momento histórico, mas havia gente de todos as raças, classes e backgrounds presente. Contudo, não quero falar de Obama aqui pois vou disputar assunto com jornais, revistas e outros blogs além de não ter mais saco para emitir opiniões sobre os poucos dias de governo do neguinho. Vamos deixar ele em paz por algumas semanas para que comece seu job da melhor maneira possível!
Não, eu não estava em Washington, DC, no Inauguration Day! Cheguei na cidade no dia seguinte, 21/1, vindo direto de SP para passar alguns dias na casa de um amigo e peguei a ressaca da festa. Mesmo não estando lá, sei nos mínimos detalhes o que aconteceu já que quase todos os meus amigos por aqui aportaram pela capital federal nesse dia. A maioria negros que não queriam deixar de participar do momento histórico, mas havia gente de todos as raças, classes e backgrounds presente. Contudo, não quero falar de Obama aqui pois vou disputar assunto com jornais, revistas e outros blogs além de não ter mais saco para emitir opiniões sobre os poucos dias de governo do neguinho. Vamos deixar ele em paz por algumas semanas para que comece seu job da melhor maneira possível!
Pois bem, voltemos então a rotina de horas na biblioteca (onde estou agora!) lendo textos, seminários, papers, resenhas, conferências, congresssos e discussões acadêmicas. Às vezes eu ainda tenho a lucidez de me perguntar como os intelectuais (grupo no qual humildemente me incluo) acham graça nisso tudo... *rs* E não esperem nada muito profundo nos próximos posts desse blog....
Para quem quiser curtir Soul II Soul o vídeo da canção segue abaixo.
Para quem quiser curtir Soul II Soul o vídeo da canção segue abaixo.
6 comentários:
Hi NoNe,
Pelo visto você tem ótimo gosto musical já que parece gostar das principais canções do Soul To Soul. Pensar que a grande figura que estava por trás dessa banda era o antenado produtor e empreendedor Jazzie B. O cara não cantava, mas era uma espécie de Sean "Puffy" Combs inglês sempre mercantilizando o nome da banda, tendo idéias para os álbuns e aparecendo nos vídeos. Na distante década de 1990 eu, um piralho morador de Lixeira, consegui comprar uma camiseta da banda pelo correio direto de Londres (gastei todas as minhas miguadas economias). Contudo, apesar de exibir todo orgulhoso minha "Black T-Shirt" com os dízeres "Soul To Soul", ninguém parecia entender muito bem o que aquilo significava ou o motivo da minha alegria. O impacto da banda foi tão grande na comunidade caribenha moradora de Londres que um dos mais respeitados sociólogos britânicos, Paul Gilroy, incluiu uma análise sofisticadíssima da canção "Keep on moving", que usa sample da canção original de Bob Marley, no seu livro "The Black Atlantic" mostrando a produção dessa música como um bom exemplo das trocas culturais realizadas pelas populações negras contemporâneas que vivem no contexto geográfico/simbólico/cultural da Diáspora Africana. Enfim,o Soul abriu caminho para outros caras da cena inglesa como PM Dawn, D Influence, The Chimes, mas aí já é história.
Quando ao mundo dos intelectuais ser estranho, diria que não é tão estranho quando se faz parte dele, mas quando se olha do lado de fora. Ser intelectual é bem menos mórbido do que trabalhar como coveiro, médico ou policial (ao menos na minha opinião).
No que diz respeito ao inglês/francês... Bem, definitivamente tenho minhas dúvidas se a França é/foi tão civilizada assim ou isso na verdade não passa de uma retórica usada para cooptar e dominar outros povos. Depois do que eles fizeram na Argélia arrepia-me os cabelos pensar nessa oposição entre civilização x bárbarie tão repetida por teóricos franceses. Diria que tanto o inglês como o francês são línguas opressoras. Mas se o professor que te falou isso for da USP, já tá explicado a pagação de pau, afinal, intelectual que é intelectual de verdade vai para Paris e não NYC.
Mas como você mesmo pode notar, minhas respostas são tipicamente intelectualizadas e esquisitas!
Postar um comentário