segunda-feira, 25 de junho de 2012

Meus 10 Livros “Mais Mais” de 2011: Post Número 6


 6- Vultos da República: Os Melhores Perfis Políticos da Revista Piauí (2010). Humberto Werneck (org.). Companhia das Letras. São Paulo. R$ 49 (em média). Desde o seu estabelecimento em 2006 a revista Piauí vem se firmando como o que há mais interessante no jornalismo brasileiro dos últimos 20 anos. Com textos longos de jornalistas, intelectuais e especialistas de várias áreas (mas sem ser pretensamente intelectual, como o falecido suplemente Mais!, do jornal Folha de São Paulo), tendo um tamanho grande que lembra bastante um jornal e se aventurando por várias áreas como política, literatura, artes e outras paradinhas mais, Piauí tem dado um chacoalhada no mercado de revistas mensais no Brasil (algo pra lá de chato!). Enfim, a Piauí se especializou no estilo criado pelo jornalista e escritor norte-americano Gay Talese: o jornalismo literário. O livro Vultos da República como o subtítulo explica reúne “os melhores perfis políticos da revista Piauí” publicados em edições entre 2006 e 2009. O legal dos perfis é que eles fornecem olhares peculiares sobre figuras importantes da política brasileira. Em minha leitura, as descrições que mais me impressionaram foram de FHC, José Dirceu e o caseiro Francenildo dos Santos – foto acima, pivô da queda do então ministro da fazenda Antonio Palloci (e também o único não famoso, político ou alto burocrata da seleta lista do livro). Ainda constam José Serra (um chato de galocha!), Marina Silva (comprometida politicamente e correta, mas pouco carismática), a atual presidenta Dilma (que não deu entrevista pro jornalista encarregado de elaborar seu perfil), o ex-ministro da justiça Márcio Thomaz Bastos além do o ex-sindicalista e atual presidente da BrasilPrev, Sérgio Rosa. O que se ressalta dos textos é um grande panorama da política e do poder no Brasil nos últimos 15 anos com suas manobras, artimanhas, histórias de ascensão, queda e ostracismo. Deliciosa leitura para os que amam e/ou odeiam política, mas que tem noção de que ela ainda é essencial.
Muita Paz, Muito Amor!