Alguns amigos reclamaram e por esse motivo resolvi mudar o layout do blog. Espero que assim fique mais agradável e menos cansativo de ler as besteiras que escrevo aqui. Aos que tem deixado comentários, críticas e xingamentos, agradeço de coração e prometo responder individualmente em breve.
Na quarta-feira passada (13/8) fui ao meu primeiro hip hop concert aqui em NYC. É verão e nessa época do ano ocorre uma série de shows ao ar livre em praças, parques e boulevares da cidade toda. O evento que compareci chama-se Charlie Parker Festival e reúne artistas de jazz, hip hop e R&B em shows que tiveram início em julho e se estenderão até final de agosto. Fiquei puto de saber que perdi as apresentações de KRS-One e Brand Nubian os quais fizeram suas performances no mês passado, mas, como consolo, pude assistir o show de Slick Rick (rapper amigao ai da foto) nessa noite e na semana que vem (21/8) vou ver a performance de Rahsaam Patterson (cantor de R&B).
Minhas impressões do evento foram um misto de estranhamento com ataques de riso. Para começar ninguém toma nada além de sucos, refrigerantes e água nesses eventos a céu aberto, já que é proibido beber em público por aqui. Aliás, minha aventura de andar na rua tomando cerveja no paper brown bag foi a primeira e última. Raphael Neves (amigo meu doutorando em ciência política na New School e morador da Big Apple desde 2006) me alertou que depois de 2001 – devido aos ataques de 11 de setembro – foi baixada uma lei (algum Act number something) que permite aos policiais (caso achem necessário) exigir que você abra o seu querido saquinho pardo mostrando o seu interior. No caso de evidência do consumo de bebida alcoólica, fodeu... Multa ou até mesmo prisão! Raphael me disse que uma amiga dele se deu mal por andar de bicicleta na calçada (o que é proibido, pois há uma faixa na rua só para bikers). A garota foi parada por um policial que anotou o seu nome e endereço. Dias depois ela foi intimada para uma audiência com o juiz que lhe aplicou uma multa de US$ 200. Portanto, caso venham para cá, nada de andar de bicicleta na calçada ou beber cerveja na rua! Ainda bem que eu cheguei nos EUA depois da minha fase rebelde (época em que jogava garrafas vazias de cerveja long neck na porta de entrada de clubes), pois senão provavelmente seria autuado por transgredir alguma lei. Alias, elas sao tantas, e mudam de um estado para outro, que fica quase impossível viver a vida toda nessa sociedade sem fazer alguma coisa “errada”.
Pois bem, voltando ao show, talvez a melhor frase que resuma o mesmo é: “o hip hop criou barriga de cerveja”. Explico-me. Slick Rick é um artista da chamada “old school” do hip hop. Seu apogeu foi nos anos oitenta com canções como Children’s Story, Mona Lisa e La Di Da Di. Sendo assim, era de se esperar que seu show fosse freqüentado por uma galera que já está acima dos 35 anos e por pouco(a)s garoto(a)s de 15 a 25 anos cuja as referências em matéria de música negra são o estilo dirty south e artistas do naipe de 50 Cent e Chris Brown. Aliás, ele próprio, Rick, já tem 43 aninhos. Agora, feche os olhos e imagine um show de rap com uns tiozões e tiazonas na faixa dos quarenta anos já meio gordinhos calçando tênis, vestindo bermudas e calças largas, camisetas over size e bonés de times de beisebol, basquetebol e futebol americano? Pois é, esse era o cenário da paradinha. Toda essa galera não se deixava intimidar pela idade e balançava a pança (já bem gradinha!) e cantava animadamente as músicas do rapper quarentão. No Brasil, mais especificamente em São Paulo, essa cena seria difícil de ver porque são poucos os trutas que chegam aos quarenta anos e continuam curtindo e se vestindo como hip hopers. Mas aqui o barato (hip hop) é como se fosse uma espécie de samba da negrada. Lembra do Martinho, “na minha casa todo mundo é bamba/todo mundo bebe todo mundo samba”.
Nada de novo na apresentação de Rick. Shows de rap tem um padrão que todo mundo já conhece. Primeiro um DJ faz um espécie de “esquenta” tocando uma seleção de músicas que vão de sucessos antigos até os hits do momento, depois entra um apresentador meio palhaço que fala um monte de asneira preparando o público para a atração principal que vem logo em seguida fazendo um show que não passa de uma hora. O de Rick seguiu esse formato e o cara segurou o público devido ao seu carisma. Lá estavam os clássicos gritos: say hoooo... go Slick Rick go Slick Rick go!... say hip hop... Fim de balada: meu tênis apertado machuca meus pés, estou com sede e quero uma cerveja gelada, mas vou ter que me contentar com um suco. O puritanismo desse país ainda vai me matar mesmo eu estando em NYC e não em Ohio!
Na quarta-feira passada (13/8) fui ao meu primeiro hip hop concert aqui em NYC. É verão e nessa época do ano ocorre uma série de shows ao ar livre em praças, parques e boulevares da cidade toda. O evento que compareci chama-se Charlie Parker Festival e reúne artistas de jazz, hip hop e R&B em shows que tiveram início em julho e se estenderão até final de agosto. Fiquei puto de saber que perdi as apresentações de KRS-One e Brand Nubian os quais fizeram suas performances no mês passado, mas, como consolo, pude assistir o show de Slick Rick (rapper amigao ai da foto) nessa noite e na semana que vem (21/8) vou ver a performance de Rahsaam Patterson (cantor de R&B).
Minhas impressões do evento foram um misto de estranhamento com ataques de riso. Para começar ninguém toma nada além de sucos, refrigerantes e água nesses eventos a céu aberto, já que é proibido beber em público por aqui. Aliás, minha aventura de andar na rua tomando cerveja no paper brown bag foi a primeira e última. Raphael Neves (amigo meu doutorando em ciência política na New School e morador da Big Apple desde 2006) me alertou que depois de 2001 – devido aos ataques de 11 de setembro – foi baixada uma lei (algum Act number something) que permite aos policiais (caso achem necessário) exigir que você abra o seu querido saquinho pardo mostrando o seu interior. No caso de evidência do consumo de bebida alcoólica, fodeu... Multa ou até mesmo prisão! Raphael me disse que uma amiga dele se deu mal por andar de bicicleta na calçada (o que é proibido, pois há uma faixa na rua só para bikers). A garota foi parada por um policial que anotou o seu nome e endereço. Dias depois ela foi intimada para uma audiência com o juiz que lhe aplicou uma multa de US$ 200. Portanto, caso venham para cá, nada de andar de bicicleta na calçada ou beber cerveja na rua! Ainda bem que eu cheguei nos EUA depois da minha fase rebelde (época em que jogava garrafas vazias de cerveja long neck na porta de entrada de clubes), pois senão provavelmente seria autuado por transgredir alguma lei. Alias, elas sao tantas, e mudam de um estado para outro, que fica quase impossível viver a vida toda nessa sociedade sem fazer alguma coisa “errada”.
Pois bem, voltando ao show, talvez a melhor frase que resuma o mesmo é: “o hip hop criou barriga de cerveja”. Explico-me. Slick Rick é um artista da chamada “old school” do hip hop. Seu apogeu foi nos anos oitenta com canções como Children’s Story, Mona Lisa e La Di Da Di. Sendo assim, era de se esperar que seu show fosse freqüentado por uma galera que já está acima dos 35 anos e por pouco(a)s garoto(a)s de 15 a 25 anos cuja as referências em matéria de música negra são o estilo dirty south e artistas do naipe de 50 Cent e Chris Brown. Aliás, ele próprio, Rick, já tem 43 aninhos. Agora, feche os olhos e imagine um show de rap com uns tiozões e tiazonas na faixa dos quarenta anos já meio gordinhos calçando tênis, vestindo bermudas e calças largas, camisetas over size e bonés de times de beisebol, basquetebol e futebol americano? Pois é, esse era o cenário da paradinha. Toda essa galera não se deixava intimidar pela idade e balançava a pança (já bem gradinha!) e cantava animadamente as músicas do rapper quarentão. No Brasil, mais especificamente em São Paulo, essa cena seria difícil de ver porque são poucos os trutas que chegam aos quarenta anos e continuam curtindo e se vestindo como hip hopers. Mas aqui o barato (hip hop) é como se fosse uma espécie de samba da negrada. Lembra do Martinho, “na minha casa todo mundo é bamba/todo mundo bebe todo mundo samba”.
Nada de novo na apresentação de Rick. Shows de rap tem um padrão que todo mundo já conhece. Primeiro um DJ faz um espécie de “esquenta” tocando uma seleção de músicas que vão de sucessos antigos até os hits do momento, depois entra um apresentador meio palhaço que fala um monte de asneira preparando o público para a atração principal que vem logo em seguida fazendo um show que não passa de uma hora. O de Rick seguiu esse formato e o cara segurou o público devido ao seu carisma. Lá estavam os clássicos gritos: say hoooo... go Slick Rick go Slick Rick go!... say hip hop... Fim de balada: meu tênis apertado machuca meus pés, estou com sede e quero uma cerveja gelada, mas vou ter que me contentar com um suco. O puritanismo desse país ainda vai me matar mesmo eu estando em NYC e não em Ohio!
3 comentários:
Pois é, lendo a descrição da platéia de véios, me veio tua imagem à mente, meu caro crítico...ods outros...
Ah, sim,se vc aprontar aí vc será simplesmente deportado...ponha isso na cabeça...
Pode vir, cara!
Tem lugar para ficar? Ainda to em Ithaca resolvendo pepino. Amanha ou na quinta, estou voltando. Se quiser, voce vem comigo para DC. Abracos, rogerio
p.s. postei aqui porque o orkut na anda.
tinha escrito um depoimento e perdi, era sobre o KRS ONe... não vai dar pra repetir td (raiva!), mas vi show dele - queria te fazer inveja, mas qdo vc vir aí em NYC aí vc faz inveja pra mim, tá? Bj!
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