Povo, estou respondendo aos comentários deixados em cada tópico. Contudo, o ritmo segue o meu lema: "devagar e sempre"! Verifiquem periodicamente, como sou delicado/educado com todo mundo, respondo individualmente.
Mudando de assunto... Meu Deus, como tem gente gorda (tecnicamente chamados de obesos) nos Estados Unidos! Também pudera, nunca vi tanto doces, balas, pão, sucos (nada naturais!), chocolate, refrigerantes, sanduíches gordurosos e uma infinidade de guloseimas reunidos num mesmo lugar. Ir a uma farmácia (experimente a CVS Pharmacy), que por aqui vende muito mais que remédios, é um convite ao inferno devido às opções de candies e snacks para se comprar! Junte isso ao sedentarismo disseminado, o culto ao carro como meio supremo de locomoção, a alimentação realizada de forma errada e muitas vezes baseada em junk food (que aqui e mais rápida, pratica e barata) e você entenderá a epidemia de obesidade que paira sobre a América (deles!). Tenho visto gente gorda por todas as partes de NYC, mas minha impressão e que há mais obesos no Harlem. Talvez seja a convergência de pobreza com falta de acesso a informação que leve a essa situação. Enfim, preocupante...
Outra coisa que me chamou a atenção aqui e a relação existente entre a negrada e a música. Bem, não vou voltar àqueles relatos históricos que relembram da pretaiada trabalhando nas plantations de cana, algodão ou café a época da escravidão e cantando canções de trabalho. Isso é triste demais pro meu gosto, apesar de ter a sua importância histórica. Falo especificamente da função da música na Diáspora Africana seja como elemento que promove o lazer e divertimento das pessoas ou que serve ao propósito de realizar a circulação de informação e conhecimento (e as duas coisas ao mesmo tempo, o que é mais comum). Música é algo que realmente faz parte do cotidiano da negrada de uma maneira diferente em relação aos outros grupos “raciais”. Quando eu era criança não havia aparelho de som na casa de meus pais e foi somente quando cheguei à adolescência que comprei um toca discos. Porém, sempre havia um rádio ligado e minha irmã mais velha comprou um gravador cassete assim que começou a trabalhar no início da década de 80. Isso resolvia o problema e pude curtir o estouro de pop stars como Lionel Ritchie, Michael Jackson e até do Mili Vanili (tudo bem que eles foram uma falcatrua, mas eram legais!) ao final daquela década. Ainda ao final dos anos 80, recém saído do ensino fundamental, tive meus primeiros contatos com o hip hop. Irmãos Metralhas, Thaide e DJ Hum e, alguns anos depois, Racionais. Nas terras do Tio Sam Public Enemy, KRS-One, Ice T e NWA levavam o rap a um nível mais politizado e podia-se identificar as primeiras manifestações do estilo que viria a ser tornar internacionalmente conhecido como gangsta rap. Para saber das novidades bastava ler a Bizz (revista mensal de música pop), já que não havia internet). Bons tempos! Ainda dava para curtir o primeiro disco do Ed Mota (numa época que ele não era tão fresco e se preocupava mais com a música do que com vinhos) cantando Manoel e dizendo que “se eu fosse americano minha vida não seria assim”. Será mesmo?! *rs*
Entre a negrada por aqui (não só, mas majoritariamente!) existe uma espécie de hábito de ouvir som alto no carro. Dias desses atrás estava parado em frente à janela do meu apartamento no Harlem e subitamente senti o prédio vibrar (não estou brincando!). Segundos depois entendi por que... Um Jeep, com duas figuras dentro, parou momentaneamente em frente ao prédio com a música tão alta que a mesma fazia minha sala vibrar devido ao eco. Por incrível que pareça, a música não distorcia (o que comprova que a qualidade do som e da instalação eram boas), mas era extremamente exagerada. Depois de um tempo perambulando pelo bairro percebi que isso era comum. Todo mundo dirige curtindo um sonzinho e cantando junto.
Ainda falando de música, algo que realmente não posso reclamar é das rádios e canais de TV especializados em música negra (leia-se R&B, soul, neo soul, rap, reggae, reggaeton dentre outros ritmos). Um dos canais que mais tenho gostado é do VH1 Soul. Um dos programas me fez lembrar do Insônia, clássico programa que rolava na MTV Brasil dos anos 90 durante a madrugada e que exibia muito R&B e soul (tanto clássico como do mais recente). Dêem uma olhada em:
http://www.vh1.com/channels/vh1_soul/channel.jhtml
Aliás, recomendo o vídeo de uma mina chamada Jazzmine Sullivan cuja canção intitula-se “Need U Bad”: http://www.youtube.com/watch?v=KHV5PyPiFjg Não sei quanto ao Brasil, mas aqui a fulana tá bombando ao fazer uma espécie de crossover entre reggae e soul. Caso não esteja enganado, ela foi produzida por nada mais nada menos que a rapper Missy Elliot que faz um "featuring" no clipe. Bem lôco!
Depois escrevo mais... O próximo tópico: Starbucks Coffee!
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
"Fat" and loud beats...
2008-08-20T18:39:00-03:00
Márcio Macedo
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