segunda-feira, 29 de novembro de 2010
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
domingo, 21 de novembro de 2010
sábado, 20 de novembro de 2010
20 de Novembro na Gringa!
Ser negrão brasileiro e passar o 20 de novembro no exterior é um saco! Meu último Dia da Consciência Negra no Brasil foi há exatos 3 anos atrás. Levantei cedo, tomei café com a primeira dama na padaria perto do muquifo que morávamos, li o Estadão (na época ele não tava tão reaça, só um pouquinho!) e no início da tarde fomos à passeata que sempre rola na Avenida Paulista. Tava um calorzinho gostoso, típico de novembro, propício para tomar um chopp e comer uma feijoada no meu restaurante predileto no centro de São Paulo, o Marajá. E foi justamente o que fizemos depois de caminhar pela Paulista e descer a Consolação com a negraiada! Pois bem, recordar é viver... As coisas são diferentes agora: New York Shit, frio (nesse exato momento faz 7 graus!), solteiro novamente e de saco cheio com a animação dos gringos pelo feriado chatérrimo do Thanksgiving (Dia de Ação de Graças) e pela Black Friday (sexta seguinte a esse feriado e dia em que todas as lojas fazem liquidação por aqui), coisas que rolam na próxima semana. Mas enfim, ainda volto pro Brasil para passar um feriadinho básico de 20 de novembro na minha querida Sampa tomando um chopp e comendo uma fejuca poderosa com meus/minhas trutas... Afinal, ser negrão/negrona é o que há!
Muita Paz, Muito Amor e que a Coisa Fique Preta Pra Todo Mundo Nesse Dia!
Muita Paz, Muito Amor e que a Coisa Fique Preta Pra Todo Mundo Nesse Dia!
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Seja um Homem Feminista, Porra!
O feminismo é constantemente atacado por homens e mulheres desinformados que se equivalem do estereótipo da mulher raivosa, neurótica e supostamente ansiosa por uma sociedade onde ocorra uma sujeição do gênero masculino em relação ao feminino. Mulheres feministas ainda são retratadas como mal-resolvidas, "mal-comidas" (horrível isso!) e inimigas dos homens. Nada mais equivocado! O feminismo, em sua mais simples acepção, busca apenas a equiparação das relações de gênero entre homens e mulheres. Pode não parecer, mas vivemos numa sociedade onde mulheres ainda ganham menos do que homens, são discriminadas e violentadas (de forma física, sexual e simbólica) cotidianamente e, por mais absurdo que pareça, mortas/assassinadas simplesmente por serem mulheres. Toda essa situação é mantida por uma mentalidade machista e misógina (desprezo em relação as mulheres) que informa a sociedade como um todo. É duro deixar de ser machista, eu mesmo me considero inserido num processo de reeducação em minhas relações com as mulheres. Entretanto, não é impossível mudar nosso comportamento como homens, basta querer e ter em mente que numa sociedade machista e desigual, tod@s são prejudicad@s!
A imagem abaixo foi retirada do blog Politika etc, de meu amigo, ex roommate e cientista político Raphael Neves. Achei a mesma interessante por conta da sua mensagem quebrar com a noção de que um homem feminista é menos homem por ser favorável ao igualitarismo de gênero. Se liga na fita: trate as mulheres com respeito e seja um homem de verdade, não um brucutu escroto e retrógrado!
Muita Paz e Muito Amor!
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Decoded by Jay-Z
Jay-Z manda mais uma de suas mega empresariais ações. Agora o multimilionário rapper quarentão que vai ser papai (todo mundo sabe que a negra grande dele, Beyoncé Knowles, está prenha, né?) está lançando uma espécie de biografia cujo título é Decoded (336 páginas, Spiegel and Grau Publishers, US$ 18.99). O livro conta com textos escritos por Jay-Z e fotos que ilustram a trajetória do cantor e magnata. O lançamento do livro ocorreu na última segunda-feira quando Jay-Z se reuniu com o filósofo Cornel West para um diálogo na biblioteca pública de New York City. Até pensei em aparecer no esquema e dar um alô brazuca para meus patrícios gringos, mas com o ingresso cotado a US$ 58 (mesmo para estudantes!) resolvi deixar o shout-out para outra ocasião. Tudo bem... Se você não teve a chance de ir ao evento por não estar na Big Apple ou não quis pagar as cinquenta e oito doletas (como foi o meu caso), ainda continua tendo a oportunidade de ver a parada via web (vídeo lá embaixão!). Mas achei mais interessante o vídeo em que ele explica o livro e está disponível no site do Amazon (clique AQUI para assistir, trutão/trutona!)
Por outro lado, é necessário colocar o livro de Jay-Z dentro do contexto do campo literário/histórico. O gênero biográfico é produto da sociedade moderna burguesa uma vez que ele é responsável por imortalizar a trajetória de um indivíduo. Basicamente, é com a modernidade burguesa (cuja gestação está localizada entre os séculos XVII, XIX e XIX) que conceitos como indivíduo, individualismo, privacidade, liberdade e autonomia surgem. Okay, aí você se pergunta: "mas o que essa porra toda tem haver com Jay-Z?" Simples, basta lembrar que a sociedade norte-americana na qual Shawn Core Carter (nome de pia do negrão!) vive nasceu como um rebento da sociedade burguesa o que resultou no desenvolvimento do capitalismo mais desenvolvido do mundo onde o invidualismo é um valor supremo. Jay-Z (e Lula também!) representa uma figura histórica que norte-americanos idolatram: o self-made man. Essa é histórica representação dos indivíduos que, por ações próprias, construíram o próprio caminho, saíram da base e chegaram ao topo da sociedade, realizaram o que foi e é exposto a todos os imigrantes que vieram e vem fazer a América como o grande diferencial desse país, ou seja, a idéia de que tudo aqui é possível e as chances de se realizar o American Dream são reais e acessíveis, basta trabalhar duro. A biografia de indivíduos bem sucedidos, no contexto norte-americano, fornece elementos empíricos para a confirmação de uma representação que é em parte ideológica (ideológico = fantasioso/falso/meia verdade).
Apesar do livro de Jay-Z expor sua história pessoal carregada em tons de contos de fada banhados por trabalho duro e uma grande dose e estratégia e visão empresarial, a realidade norte-americana para jovens pobres negros e latinos é muito mais cruel, como vários sociólogos tem mostrado em seus estudos: desigualdade social crescente, altos índices de encarceramento, mortalidade, incidência de doenças como HIV/AIDS etc etc e etc... Jigga, apelido do rapper, representa uma gota de sucesso em um mar de histórias que não vingaram. Mas não quero estragar a festa! Vale a pena ouvir Jay-Z e Cornel West conversando e notar como a trajetória desse músico pode representar um novo modelo de rapper, não necessariamente por ser rico e bem sucedido em seus negócios e sim por ter 41 anos e ser um afro-americano que manteve-se vivo, fora de problemas, ter constituído uma família, estar prestes a ser pai e saber lidar com o sucesso. This should be seen as success!
Divirta-se Assistindo o Vídeo (aqui está disponibilizado os primeiros 10 minutos/para assistir por inteiro clique "full program"), Muita Paz e Mantenha-se Fora de Encrencas assim como Jay-Z!
terça-feira, 16 de novembro de 2010
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
90 Dias Com Catra
Bem interessante esse vídeo que está no YouTube e acompanha a trajetória do cantor de funk carioca Mr. Catra. A parada, segundo informações contidas no site, é um "episódio piloto produzido pela Mellin Vídeos // Grupo Sal para uma série de TV ainda sem canal para exibição". O que me chamou mais a atenção no documentário é como ele pode trazer reflexões sobre as interconexões entre raça, classe, sexualidade, gênero, música/entretenimento e identidade regional.
O funk carioca é, sem dúvida, uma das maiores expressões culturais e populares do Rio de Janeiro nos últimos 30 anos. Um filho meio que bastardo do Black Rio, movimento de Brazilian soul dos anos 1970, o funk carioca consegue personificar de forma incrível representações de sexualidade, classe, raça e regionalismos muito próprios da capital fluminense. Impossível para mim não estabelecer uma conexão (que alguns podem até achar forçada) entre Wilson Simonal e Mr. Catra. Simona, como era conhecido, cunhou o termo "pilantragem" para se referir ao seu estilo irônico e malandro. Obviamente, o termo trazia implícito noções/representações de sexualidade, já que o cantor se nutria do estereótipo do negrão conquistador/galanteador. As coisas mudaram bastante nos últimos quarenta anos e Mr. Catra, por sua vez, se diz adepto da "putaria", segundo ele, o "sexo com alegria" e é adepto de um estilo de vida hedonista através de um consumo conspícuo e relacionamentos múltiplos e abertos com várias mulheres. A sexualidade incorporada em Mr. Catra não deixa de nutrir noções negativas/homofóbicas sobre a homossexualidade, algo que pode ser visto na sua tentativa de diferenciação entre "viados" e "homossexuais". Enfim, é bastante coisa para se pensar! Assista o vídeo e entre na conversa...
De quebra assista o vídeo da canção Machuka (2010) do rapper norte-americano associado com o estilo dirty south Lil John que conta com a participação de Mr. Catra.
Agradeço a minha amiga Laura Moutinho pelo toque do vídeo.
Muita Paz!
O funk carioca é, sem dúvida, uma das maiores expressões culturais e populares do Rio de Janeiro nos últimos 30 anos. Um filho meio que bastardo do Black Rio, movimento de Brazilian soul dos anos 1970, o funk carioca consegue personificar de forma incrível representações de sexualidade, classe, raça e regionalismos muito próprios da capital fluminense. Impossível para mim não estabelecer uma conexão (que alguns podem até achar forçada) entre Wilson Simonal e Mr. Catra. Simona, como era conhecido, cunhou o termo "pilantragem" para se referir ao seu estilo irônico e malandro. Obviamente, o termo trazia implícito noções/representações de sexualidade, já que o cantor se nutria do estereótipo do negrão conquistador/galanteador. As coisas mudaram bastante nos últimos quarenta anos e Mr. Catra, por sua vez, se diz adepto da "putaria", segundo ele, o "sexo com alegria" e é adepto de um estilo de vida hedonista através de um consumo conspícuo e relacionamentos múltiplos e abertos com várias mulheres. A sexualidade incorporada em Mr. Catra não deixa de nutrir noções negativas/homofóbicas sobre a homossexualidade, algo que pode ser visto na sua tentativa de diferenciação entre "viados" e "homossexuais". Enfim, é bastante coisa para se pensar! Assista o vídeo e entre na conversa...
De quebra assista o vídeo da canção Machuka (2010) do rapper norte-americano associado com o estilo dirty south Lil John que conta com a participação de Mr. Catra.
Agradeço a minha amiga Laura Moutinho pelo toque do vídeo.
Muita Paz!
domingo, 14 de novembro de 2010
Umas Férias do Facebook e Twitter...
Sim, férias! Já descobri há mais de um ano que a melhor época para tirar férias das redes sociais é durante o período das finals (as duas semanas que antecedem o final do semestre escolar) aqui na gringa. Mas esse semestre acho que vou adiantar a parada. Fiquei, de uma hora pra outra, de saco cheio do Facebook e Twitter. Cansei das mudanças de status, quizzes, mensagens sem graça e outras paradas. Há questões pessoais de coisas que vem acontecendo com amig@s, mas não há necessidade de comentar esses fatos aqui.
Uso o Facebook (há uns quatro anos) e Twitter para manter contato com amig@s e divulgar o blog, mas de uns tempos pra cá tenho me injuriado com uma mudança no perfil e no uso dessas redes (ou talvez com a dinamização/aumento das minhas atividades nelas). Também não me refiro a debandada dos brasileiros que antes povoavam o Orkut em direção ao Facebook (isso já era previsto), mas acho que tô um pouco de saco cheio com o tempo gasto em coisas meio sem sentido. Pouca gente vem trocando/mandando links legais e a rede tem pegado aquele aspecto de passividade/privacidade com pessoas só atualizando status pessoais e outras variações do mesmo tema. Inclusive eu me pego fazendo isso muitas vezes. Nem vou entrar no assunto de demonstrações de preconceito, pois depois da polêmica em relação aos nordestinos e as mensagens escrotas que circularam na rede após a eleição de Dilma ficou claro como muitas pessoas ainda não tem a mínima de noção de que a Internet é, de certa forma, uma extensão do espaço público. É por isso que decidi que Facebook e Twitter terão pouco espaço no meu MacExu e no iKibePhone (nesse último estou pensando seriamente em desinstalar os aplicativos) nas próximas semanas. O Yogurt, como todos sabem, já faleceu! Só entro lá para apagar os zilhões de scraps de festas e eventos, mas que (por razões óbvias!) não posso ir.
Yes sir, é hora de voltar as algumas coisas muito básicas como ler um bom romance, revistas decentes, meus textos sociológicos chatos e gastar menos tempo na web. O blog continua, na medida do possível escrevo por aqui.
Muita Paz!
PS: em tempo, agradeço a tod@s que mandaram um alô no meu aniversário, dia 8 de novembro. Comemorei de uma forma bem peculiar dentro de um busão voltando de Boston debaixo de uma baita friaca. Life goes on!
Uso o Facebook (há uns quatro anos) e Twitter para manter contato com amig@s e divulgar o blog, mas de uns tempos pra cá tenho me injuriado com uma mudança no perfil e no uso dessas redes (ou talvez com a dinamização/aumento das minhas atividades nelas). Também não me refiro a debandada dos brasileiros que antes povoavam o Orkut em direção ao Facebook (isso já era previsto), mas acho que tô um pouco de saco cheio com o tempo gasto em coisas meio sem sentido. Pouca gente vem trocando/mandando links legais e a rede tem pegado aquele aspecto de passividade/privacidade com pessoas só atualizando status pessoais e outras variações do mesmo tema. Inclusive eu me pego fazendo isso muitas vezes. Nem vou entrar no assunto de demonstrações de preconceito, pois depois da polêmica em relação aos nordestinos e as mensagens escrotas que circularam na rede após a eleição de Dilma ficou claro como muitas pessoas ainda não tem a mínima de noção de que a Internet é, de certa forma, uma extensão do espaço público. É por isso que decidi que Facebook e Twitter terão pouco espaço no meu MacExu e no iKibePhone (nesse último estou pensando seriamente em desinstalar os aplicativos) nas próximas semanas. O Yogurt, como todos sabem, já faleceu! Só entro lá para apagar os zilhões de scraps de festas e eventos, mas que (por razões óbvias!) não posso ir.
Yes sir, é hora de voltar as algumas coisas muito básicas como ler um bom romance, revistas decentes, meus textos sociológicos chatos e gastar menos tempo na web. O blog continua, na medida do possível escrevo por aqui.
Muita Paz!
PS: em tempo, agradeço a tod@s que mandaram um alô no meu aniversário, dia 8 de novembro. Comemorei de uma forma bem peculiar dentro de um busão voltando de Boston debaixo de uma baita friaca. Life goes on!
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Hip-Hop: The Golden Era!
Os anos 1980 e parte dos 1990 são conhecidos dentro do hip-hop como a "golden era". Sim, boa música, diversão, tretas, batidas, canções e bandas que ficaram clássicas. Um das minhas bandas prediletas é Digable Planets. Por que? Simples: real hip-hop de New York, Brooklyn, com uma pitada de jazz e estilo! Ainda de quebra tinha a charmosa da Mary Ann Viera, a.k.a Ladybug Mecca (foto abaixo), primeira rapper brasileira de projeção internacional! Ladybug é filha de uma cantora e um músico de jazz brasileiros que migraram para os EUA. Molecada que gosta de Lil Wayne, Drake e a merda do Soulja Boy vai pensando aí na viagem desses videoclipes...
Digable Planets é minha viagem! Sempre que os ouço em meu iPod viajando de trem por NYC custo a acreditar que moro nessa merda chamada Big Apple...
Tentei disponibilizar o vídeo de Rebirth of Slick (Cool Like Dat), a clássica canção do primeiro disco, aqui mas o babaca que possui o clipe no YouTube não disponibilizou o embed code (assista AQUI mesmo assim, vale a pena!). Segue abaixo os vídeos de Where I'm From, do primeiro álbum, e 9th Wonder (Blackitolism), do segundo álbum. Sinta a sofisticação dos trutas!
Muitaz Paizis!
Digable Planets é minha viagem! Sempre que os ouço em meu iPod viajando de trem por NYC custo a acreditar que moro nessa merda chamada Big Apple...
Tentei disponibilizar o vídeo de Rebirth of Slick (Cool Like Dat), a clássica canção do primeiro disco, aqui mas o babaca que possui o clipe no YouTube não disponibilizou o embed code (assista AQUI mesmo assim, vale a pena!). Segue abaixo os vídeos de Where I'm From, do primeiro álbum, e 9th Wonder (Blackitolism), do segundo álbum. Sinta a sofisticação dos trutas!
Muitaz Paizis!
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
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