
Fui, assim como boa parte dos leitores, criado numa família católica. Frequentei catecismo, fiz primeiro comunhão, fui coroinha (algo que me rende boas piadas até hoje!) e fui crismado. Entretanto, já faz anos que não frequento uma missa (algo que considero extremamente chato) e vou a igreja somente assistir casamentos de amig@s. Também odeio o dogmatismo da Igreja Católica em relação a temas complexos como aborto e uso de preservativos. Mas estar na América (deles!) força você a olhar para a religião de uma outra forma, realizar um certo estranhamento em relação a esse fenômeno social. Os Estados Unidos, assim como o Brasil, é um dos países mais religiosos do mundo e há uma infinidade de credos religiosos que são manifestados em cada esquina dessa nação. Mas há muitas diferenças na forma como americanos e brasileiros vivenciam sua fé.

Podemos discutir as diferenças e similaridades em outro post. Contudo, o que irei fazer nos próximos textos do blog são curtas resenhas de como os pais fundadores da sociologia - leia-se Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber - interpretaram o fenômeno religião de forma geral. A melhor explicação que tive sobre como um sociólogo deve se portar em relação a fé religiosa me foi dada pelo meu ex-professor Reginaldo Prandi numa aula ainda na graduação. Respondeu ele ao ser questionado sobre a existência de Deus disse: "Para um sociólogo não se coloca a questão da existência ou não de Deus, interessa sim que os homens acreditam nela e agem em função dele". Uma ótima resposta weberiana pela qual me guio até hoje!
Aguardem os próximos posts e não deixem de visitar a página dos quadrinhos Um Sábado Qualquer, de onde foi retirada a charge no início do post, um ótimo exemplo de como Deus, Adão, Eva, o Diabo e outras figuras bíblicas podem virar motivo de piada sem ofender o credo religioso de ninguém...
Muita Paz!