quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

O Jazz em Preto e Branco de Charles "Teenie" Harris

Flash: 20th Century copy of Flash Magazine with a cover photo of Charles 'Teenie' Harris, c 1938-1939, left, and Harris' own self-portrait taken in Harris Studio, c 1940, right

O Black History Month está quase chegando ao fim. Entretanto, há alguns minutos atrás recebi um presente via Facebook de meu amigo Charles Townsend: um link para fotos históricas do fotógrafo Charles "Teenie" Harris (1908-1988). O acervo conta com mais de 80.000 imagens e pertence ao Carnegie Museum of Art localizado em Pittsburgh, PA. Até 7 de abril desse ano ocorrerá por lá a exibição Teenie Harris, Photographer: An American StoryO fotográfo ganhou o apelido "teenie" devido ao formato de suas fotos. Teenie é derivativo de teeny que em português significa informal. "Teenie" Harris fazia suas fotos apenas num take, tentando absorver ao máximo a informalidade e desconstração do/as fotografado/as.  Confira abaixo algumas imagens.  Não vou colocar legenda nas fotos com o nome das celebridades por preguiça e para a brincadeira de descobrir quem é ficar mais divertida.

Side-by-side: An undated photo of Louis Armstrong and Ann Baker in a booth at Crawford Grill No 1 restaurant in Pittsburgh, Pennsylvania

Something sweet: Two young women eating caramel apples in front of an unknown school, c 1940-1945

Icons: Eartha Kitt leaping though poster to launch a Citizens Committee on Hill District Renewal program, left, and Nina Simone holding cigarette and seated in chair c 1965, right

Star: Josephine Baker accepting a Hill City membership card from Leslie Powell, with George Fairley holding police badges honouring Dean Martin and Jerry Lewis, and Howard McKinney. Unknown man in background, c 1951
Cutting up: Duke Ellington at piano, with dancer Charles 'Honi' Coles and Billy Strayhorn looking on, in the Stanley Theatre, c 1942-1943

Jubilation: An undated photo of Frank Bolden, left, and Sarah Vaughan, right, with another woman and man at piano, in an unknown club with a portrait of Ann Baker

Fanfare: Duke Ellington signing autographs in a crowd, including Isabella Marble, Marverine and Blanche Cathcart, c 1946-1947

Taking a bite: Bill 'Bojangles' Robinson pretending eat a large Eskimo Pie ice cream bar, with a WWSW radio station announcer behind the microphone, c 1941

Happy together: Earl 'Fatha' Hines, Erroll Garner, Billy Eckstine, Maxine Sullivan and Mary Lou Williams gather around a piano in Syria Mosque in Pittsburgh for Night of Stars, August 7, 1946

Shaking hands: Saxophonist Benny Carter squatting on stage to greet fans in Savoy Ballroom in Harlem, New York, October 8, 1945

Inspired: Trumpet players Pete Henderson, Will Austin, Charles 'Chuck' Austin, and Tommy Turrentine, standing behind Will Smith with bongos, in Harris Studio, left, and a dancer performing in front of Darlings of Rhythm band, 1945, right

Wide-eyed: Children line up at a cotton candy booth at an unknown location, c 1945

Inspired: Trumpet players Pete Henderson, Will Austin, Charles 'Chuck' Austin, and Tommy Turrentine, standing behind Will Smith with bongos, in Harris Studio, left, and a dancer performing in front of Darlings of Rhythm band, 1945, right

All smiles: Bill 'Bojangles' Robinson seated with child on his knee, and surrounded by three other children, in Hill City, c 1940

Cutting the cake: Billy Eckstine and Lena Horne, centre, with Miriam Sharpe Fountain in background on left, in Loendi Club, October 1944

Behind the lens: Charles 'Teenie' Harris, holding his camera on the sidewalk at an unknown location, c 1938

Muita Paz e Muito Amor!

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

A "Chupadinha" de Tim Maia Esclarecida por Gay Talese


Lembro de ter lido uma reportagem na revista Bizz em meados dos anos 1990 que falava sobre o período que o cantor Tim Maia (foto acima) havia passado nos Estados Unidos entre fins dos anos 1960 e início dos 1970.  Tim, de acordo com a reportagem, afirmava que após chegar nos EUA passou a ser conhecido entre as garotas gringas do seu bairro por ser brasileiro e fazer algo que, ao menos para elas, soava bastante inusitado na cama: cunilíngua (sexo oral). Well, digamos que fiquei encafifado com essa informação (e meio na dúvida da veracidade!). Mesmo no livro de Nelson Motta sobre Tim (leia minha resenha sobre o livro AQUI), que cobre de maneira mais detalhada a estadia dele nos EUA, não há nenhuma informação sobre isso. E olhe que essa anedota seria um prato cheio para o estilo de escrita cheio de piadinhas do mala sem alça Motta (peço desculpas aos fãs desse "adorável" senhor, mas o mesmo não me desce). Mas não é que mês passado, ao ler um delicioso livro do jornalista norte-americano Gay Talese - foto abaixo -, cheguei a conclusão que há uma considerável chance da anedota de Tim ser verdade...  Para explicar o esquema terei que antes falar do livro de Talese. Vamos a ele.

Em A Mulher do Próximo Gay Talese, criador do estilo que ficou conhecido como "novo jornalismo" ou "jornalismo literário", descreve as transformações ocorridas na forma como os norte-americanos vivenciavam a sexualidade entre os anos 1950 e 1970.  O autor narra as várias batalhas travadas em favor/contra a pornografia que envolvia a proibição de livros e prisão de donos de editoras, a história de Hugh Hefner - criador da revista Playboy -, as várias idéias vigentes sobre sexualidade e amor livre num relato histórico que resgata grupos religiosos existentes no século XIX que, baseados em interpretações peculiares da bíblia, praticavam sexo livre entre casais e criavam os filhos de forma coletiva e como os mesmos eram bastante similares aos grupos de casais que também praticavam sexo livre em comunidades alternativas nos anos 1970. Fazendo uso da técnica de pesquisa nascida entre antropólogos e conhecida como observação participante, Talese chegou a até mesmo a trabalhar como gerente de uma casa de massagens (onde distribuiu cadernos para as massagistas fazerem anotações sobre o que os clientes falavam, pediam e suas impressões em geral) e fez sexo em várias das reuniões que participou de uma comunidade alternativa sediada na Califórnia, algo que abalou e quase pôs fim ao seu casamento. O que desponta da narrativa esplendida de Talese é como a luta contra a pornografia ou as mudanças que ocorriam no comportamento sexual extremamente puritano dos norte-americanos da metade do século XX era entendida como uma cruzada por grupos conservadores vinculados a administração de Richard Nixon. Não é de se estranhar que se falava frequentemente numa "guerra contra a pornografia". É desse modo que Talese deu crédito as afirmações de Tim Maia ao descrever a forma como o sexo oral era entendido na sociedade estadunidense até bem pouco tempo atrás. Leia trecho do livro logo abaixo depois da fotinho história de Tim.



"....[Alvin] Goldstein praticamente não ouvira falar de cunilíngua e muito menos por esse nome. Nas raras ocasiões em que ouvira falar a respeito, no Exército ou no distrito do Brooklyn em que vivera, as descrições eram sempre sórdidas e repulsivas, como se fosse algo indigno. Nenhum macho das ruas do Brooklyn que conhecia jamais admitira já ter-se entregado a um ato assim. Era considerado pouco viril, se não mesmo anti-higiênico. Colocava o homem no papel de submissão à mulher. Era basicamente para pervertidos.

Goldstein pesquisou o assunto nas enciclopédias de sexo de diversas bibliotecas e descobriu que a cunilíngua, assim como a felação, era oficialmente definida pelo Governo como um ato obsceno, uma forma de sodomia, sendo ilegal na maioria dos Estados americanos, mesmo quando praticado na intimidade por pessoas devidamente casadas. Em Connecticut, o crime de sexo oral podia ser punido com 30 anos de cadeia. No Ohio, a sentença podia ser de 20 anos. Na Geórgia, esse "crime contra a natureza" podia levar o praticante à prisão perpétua com trabalhos forçados, uma pena muito mais rigorosa do que fazer sexo com animais, que era punido com apenas cinco anos.

As leis contra o sexo oral evidentemente derivaram da lei eclesiática, que desde a Idade Média determinara serem esses atos não-procriativos antinaturais, apesar de terem sido perfeitamente naturais para as multidões que os praticaram desde os primórdios registrados da civilização. Imagens de pessoas empenhadas em cunilíngua e felação foram encontrados em pergaminhos chineses datando de 200 A.C. Também aparecem em peças orientais, como tigelas de arroz, vasos de perfumes e vidros de rapé. Figuras esculpidas em posturas de erotismo oral podem ser vistas em templos antigos da Índia. No primeiro século da era cristã, o satirista romano Juvenal referiu-se frequentemente ao cunilíngua e à felação, insinuando que, naquela época, eram tão comuns entre os heterossexuais como entre os homossexuais. Embora a Igreja medieval condenasse severamente os que confessavam tais prazeres e criava um sentimento de culpa nos que não admitiam seus pecados, a predileção oral continuou a subsistir pelos séculos afora, na intimidade. É verdade que raramente era descrita e representada abertamente, a não ser na arte e literatura proibidas, como a novela Fanny Hill do século XVIII e a obra tão censurada de Henry Miller."

É isso aí: e viva o sexo oral!

Muita Paz e Muito Amor!

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Música Negra: O Que Falecido/as Nos Ensinam

Nos quase quatro que tenho vivido nos EUA vi muito/as astros/divas da música negra darem adeus. Logo que cheguei, em 2008, Isaac Hayes se foi. No ano seguinte foi a vez do iniqualável Michael Jackson. 2010 tirou de nós Teddy Pendergrass ou "Teddy P.", como o chamam por aqui. Ano passado Gil Scott-Heron e Amy Winehouse passaram dessa para uma melhor (será que é "melhor" mesmo?). E agora, início de 2012, foi a vez de Whitney Houston nos deixar. Hoje, enquanto malhava na academia, acompanhava o funeral da cantora exibido em canais de TV norte-americanos. Whitney nasceu em Newarck, NJ, e foi lá que a família Houston e várias celebridades como Stevie Wonder, Alicia Keys e Kevin Kostner se reuniram para dar testemunhos sobre a sua convivência com a estrela além de prestarem sua última homenagem a ela.
 
Indubitavelmente, a música pop em geral  - e a música negra em específico - ficou muito mais pobre com todas essas irreparáveis perdas. Mas é necessário nos questionarmos sobre o que algumas dessas mortes nos ensinam. Em minha opinião, a lição a ser aprendida é o que o sucesso pode ser uma armadilha fatal. Jackson, Winehouse e Houston morreram em condições até agora não muito bem esclarecidas. Entretanto, não é preciso ser detetive de polícia ou médico para notar que suas mortes tem relação direta com a vida conturbada que viveram e que envolvia relacionamentos conturbados, julgamentos, uso de drogas (lícitas e ilícitas) e outros problemas pessoais. Mas o mais grave de tudo é que nós, meros fãs desses artistas, também temos nossa parcela de culpa. Ou seja, indiretamente ajudamos a cavar a cova dessas personalidades. Todos os dramas pessoais dessas pessoas se tornaram mercadorias vendidas como entretenimento pela mídia. Essa percepção veio a mim hoje quando revia a apresentação de Stevie Wonder no funeral de Houston e notei que a classificação que a MSNBC (rede de TV) dava ao vídeo em sua página na Internet era "entretenimento".  Ou seja, o funeral de Whitney Houston que era vivenciado como um celebração religiosa por familiares, amigos e fãs da cantora é entretenimento e $$$ para os meios de comunicação. Não é preciso ir longe na sociologia para lembrar do teórico alemão da Escola de Frankfurt chamado Theodor Adorno que afirma que o papel dos meios de comunicação não é necessariamente informar, mas sim entreter.
 
É assim que a vida pessoal das celebridades se tornam mercadorias lucrativas na TV, Internet e imprensa escrita. Lembremos como os meios de comunicação lidaram com o julgamento e morte de Michael Jackson, a curta e atribulada vida de Amy Winehouse e, por fim, o relacionamento problemático de Houston com Bobby Brown, o envolvimento da cantora com drogas e sua ainda misteriosa morte. Podemos não perceber, mas acompanhamos essas histórias pessoais como se fossem novelas que se passam na vida real uma vez que elas lidam com um imaginário que atrae a maioria das pessoas. Artistas e celebridades são entendidos como pessoas especiais que vivem suas vidas como se fossem contos de fadas. São prodígios e talentosos como Jackson ou ascendem a fama rapidamente como Winehouse ou ainda criam uma representação de vida feliz e perfeita como o casamento de Houston e Brown dava a impressão de ser em 1992. Entretanto, para felicidade da indústria da fofoca e entretenimento, felicidade e perfeição não são coisas que se pode alcançar de forma plena. Assim, doenças, rompimentos, divórcios, envolvimento com drogas e tudo que diz respeito a vida pessoal dessas celebridades pode render matérias de jornal, revista e TV que será consumido por quem? Nós...

Coisas para se pensar.

Muita Paz e Muito Amor!

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

The Couple

Começando por ontem, vamos dedicar alguns posts ao Valentine's Day.  As inovações tecnológicas da última década tem trazido novas vozes/imagens/representações ao campo do audiovisual por conta do barateamento dos custos de filmagem e certa expansão dos espaços de exibição. Nesse aspecto a Internet tem sido o local onde muitos novos e diretores/atores tornam-se populares antes mesmo de conseguirem contratos com grandes produtoras.  Exemplo disso foi a webserie da qual falei várias vezes aqui no blog intitulada The Misadventures of Awkward Black Girl (assista clicando AQUI) que, devido ao sucessso, conseguiu até mesmo arrecadar recursos pela rede para produzir seus últimos três episódios.

The Couple tenta explorar esse filão aberto por The Misadventures...  A série é produzida por um grupo que anos atrás lançou um ótimo filme independente intitulado It's a Good Day To Be Black and Sexy (leia meu post sobre o filme AQUI) e que leva a direção de Dennis Dortch. Durante algumas semanas foram postados na rede mini-episódios da série que forneciam uma pequena amostra do que estava por vir. The Couple explora uma tema batido: relacionamento e vida a dois. Entretanto, apesar de bastante explorada essa é uma temática sempre atual e cheia de possibilidades. Assim como em  The Misadventures... o tom cômico e debochado é carro chefe nas histórias e do enredo da nova série. Nesse sentido, pequenos detalhes da vida de um casal como o uso da pasta de dente, a aparência de uma amiga, o lado de cada um dormir e outras futilidades caseiras tornam-se um ótimo material a ser explorado e leitmotiv para boas risadas. Assista os três mini-episódios logo abaixo.







O primeiro episódio da série foi ao ar ontem, Valentine's Day. Intitulado Exes and Texts o episódio conta o que pode acontecer quando se decide compartilhar o telefone e suas mensagens com o parceiro (assista logo abaixo). Minha avaliação é que os três mini-episódios são mais engraçados do que o primeiro episódio. Mesmo assim, enjoy!




Muita Paz e Muito Amor!

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Happy Valentine's Day, MódaFócas!


Hoje é Valentine's Day aqui na América deles. Pois é, o dia começou divertido. Deparei logo cedo na cozinha com minha roommate italiana e lhe desejei um "Happy Valentine's Day", ao que ela prontamente respondeu: "Fuck you!". Detalhe: Laura não tem namorado e anda meio nervosa com os trutas do sexo masculino ultimamente. Rindo expliquei para ela que por aqui se deseja "Happy Valentine's Day" para qualquer um e, principalmente, amigo/as, independente da pessoa ter ou não namorado/a. Ela disse que não via sentido nessa tradição. Eu também não, mas... Ok. Vou para a rua comprar pão e na saída do supermercado uma latina lady simpática e bonita me dirige um sorrisso e lança um "Happy Valentine's Day!" Retribui meio encabulado com um "You too, lady!", mas seguro de que minhas aulas sobre cultura norte-americana foram bem aprendidas! *rs*


Ano passado escrevi uns posts especiais na época do Valentine's Day. Um deles foi uma deliciosa seleção de filmes românticos de negrão (leia AQUI), outro se referia aos motivos para ser ter namorada enquanto outro discutia os motivos/vantagens para/de não ter namorada. Por fim, ainda pedi o auxílio de minha truta Mila Felix do blog Miss Milissima para escrever a versão feminina dos motivos para ter/não ter namorado, postei um videoclipe açucarado de Eric Roberson e comentei o livro picareta do comediante negro Steve Harvey para mulheres negras em busca de maridos. Pois bem, esses posts citados anteriormente e os textos que falam sobre pornografia estão entre os mais lidos do blog, ou seja, amor e sexo são as coisas que mais interessam as pessoas, não?
 
Esse ano estou sem tempo para fazer textos longos sobre amor, paixão, sexo e outras coisinhas divertidas. Na medida do possível vou escrevendo umas paradinhas aqui. Amanhã sai um último post sobre o Valentine's Day que comecei a escrever ano passado, mas que me atrasei um pouquinho (no final, até que valeu à pena o atraso e vocês saberão o porquê disso amanhã!).

Enfim, feliz Valentine's Day para todo/as vocês aí no Brasil, mesmo considerando que essa data não faz muito sentido para nós brasileiro/as! Vamos comemorar a parada ao som de Aloe Blacc, "Loving You is Killing Me"...



Mas pensando bem, a canção mais apropriada de Blacc para o Valentine's Day talvez seja "Green Lights"...



Caso tenha gostado das musiquinhas do "homi", baixe o álbum Good Things (2010) de Blacc AQUI 


Muita Paz e Muito Amor!

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Mês da História do/as Patrício/as Gringo/as!


Fevereiro já bateu às nossas portas há quase uma semana, mas não tive tempo de escrever algo por aqui ainda. Vamos lá. Anualmente nesse mês que adentrou se celebra nos EUA o Black History Month (Mês da História Negra). Eventos pipocam por aqui como debates, filmes, exposições, peças teatrais, lançamentos de livros, concertos de gêneros musicais variados e outras paradas mais. Resumidamente, é um mês parecido a novembro no Brasil devido às celebrações do 20 de novembro. Há uma piada maldosa que afirma que o Black History Month ocorre em fevereiro porque esse é o mês mais curto do ano. Sim, fevereiro é o mês mais curto do ano, mas a relação com a negrada gringa é outra. A parada toda foi idéia do historiador Carter G. Woodson (1875-1950) - foto abaixo - que promoveu em 1926 a primeira Black Week History no mês de fevereiro justamente para coincidir com as datas de aniversário do líder abolicionista afro-americano Frederick Douglass (1818-1895) - foto acima - e do presidente Abraham Lincoln (1809-1865), ambos nascidos nesse mês. Em 1976 a semana se tornou mês. Ela também é conhecida como African-American Hisory Month sendo celebrada em fevereiro no Canadá e em outubro na Inglaterra.
 
Voltando a Frederick Douglass, pode-se facilmente afirmar que ele é uma das maiores personagens da história afro-americana. Douglass foi um ex-escravo que ascendeu a figura de líder abolicionista e pensador político. Sua autobiografia, Narrative of the Life of Frederick Douglass, An American Slave foi publicado em 1845 tornando-se rapidamente um clássico. Numa época em que negros eram frequentemente comparados a animais e questionados sobre sua humanidade, Douglas tornou-se referência intelectual e política viajando por todo os EUA e parte da Europa para defender a causa abolicionista. Quem melhor definiu Douglass para mim em termos "maloqueiros" foi meu truta historiador e corinthiano Flávio Thales Francisco. De acordo com ele, Douglass foi um negrão tão "sangue no zóio" que conseguiu casar com uma mulher branca (referindo-se a seu último casamento) numa época em que o simples olhar de um negro para uma branca poderia ser usado como justificativa para a morte do negro.  Mas olha, legal mesmo seria se os cabelereiros descolados fizessem um revival desse penteado "bem lôco" do Douglão e a parada se tornasse a última tendência em termos de cabelo de negrão/negona descolado/a tipo o que o aconteceu com o moicano. Imagina o povo da NBA com um visual Frederick Douglas????  Well, paremos com a viagem. Assista um videozinho logo abaixo falando sobre o mês.



É isso!
Muita Paz, Muito Amor!